Cresce a operação das empresas no exterior

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Com o ritmo fraco de crescimento da economia doméstica, empresas brasileiras seguram os investimentos no país e apostam em seus negócios no exterior. No segundo trimestre, quando a atividade econômica foi agravada pelo menor número de dias úteis, as receitas geradas com exportações e operações internacionais impediram uma piora mais acentuada nos resultados, em especial na indústria, conforme informação antecipada pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Com o ritmo fraco de crescimento da economia doméstica, empresas brasileiras seguram os investimentos no país e apostam em seus negócios no exterior. No segundo trimestre, quando a atividade econômica foi agravada pelo menor número de dias úteis, as receitas geradas com exportações e operações internacionais impediram uma piora mais acentuada nos resultados, em especial na indústria, conforme informação antecipada pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

O faturamento de 12 indústrias - incluindo siderúrgicas, fabricantes de bens de capital e autopeças - caiu em média 13,3% no mercado interno em relação ao ano anterior, enquanto em mercados externos houve aumento de 12,1%, mostra levantamento realizado pelo Valor. Com isso, a participação média do mercado estrangeiro nas receitas passou de 35% para 42% no período.

 

"No geral, as indústrias tiveram resultados discretos, mas aquelas com pelo menos 50% das suas operações fora do país foram bem menos afetadas. Daqui para a frente, as empresas vão buscar mais o mercado externo, procurando resiliência", diz o analista Mario Bernardes Junior, do BB Investimentos.

A melhora da economia nos EUA e na Europa foi o principal propulsor do desempenho expressivo no mercado internacional. Um bom exemplo é a Gerdau, que tem usinas nos Estados Unidos. A siderúrgica viu suas receitas na América do Norte crescerem 15,8% no segundo trimestre, para R$ 3,58 bilhões, superando os R$ 3,44 bilhões faturados no Brasil, onde as vendas recuaram 6%.

A WEG, de motores elétricos, anunciou que pode adiar para 2015 parte dos R$ 592 milhões em investimentos previstos para este ano. Segundo o diretor financeiro, Paulo Polezi, projetos no Brasil estão sendo reavaliados e o ritmo de execução poderá ser um pouco mais lento. Já os primeiros desembolsos do projeto de US$ 345 milhões na implementação de novas unidades de produção na China e no México não devem sofrer atrasos.

Na mesma linha, a Fras-le, de autopeças, vai concentrar seus investimentos em aumento de capacidade produtiva nas fábricas americanas. "No Brasil, estamos com foco nos aportes em programas de redução de custos e eficiência, para aumentar a produtividade", diz o diretor financeiro, Daniel Randon.

Fonte: Valor econômico

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