BB Seguridade, Ultrapar e Iochpe ganham revisões

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Pelo menos três empresas foram alvo de revisões na semana passada. O banco J.P. Morgan rebaixou a recomendação para as ações da BB Seguridade de "overweight" (acima da média do mercado) para "neutra". Os analistas também atualizaram o preço-alvo do papel para R$ 36 em dezembro do ano que vem, ante projeção anterior de R$ 27 para o fim deste ano. Já o Credit Suisse avalia que a recente queda dos papéis abre uma oportunidade de compra.

Pelo menos três empresas foram alvo de revisões na semana passada. O banco J.P. Morgan rebaixou a recomendação para as ações da BB Seguridade de "overweight" (acima da média do mercado) para "neutra". Os analistas também atualizaram o preço-alvo do papel para R$ 36 em dezembro do ano que vem, ante projeção anterior de R$ 27 para o fim deste ano. Já o Credit Suisse avalia que a recente queda dos papéis abre uma oportunidade de compra.

O J.P. Morgan justifica o corte na recomendação por dois fatores. O primeiro é o forte avanço acumulado no ano até 8 de agosto, em torno de 34%, bem acima do que subiu o Ibovespa no período (cerca de 8%). O segundo fator está relacionado ao lado operacional da companhia. O banco americano fez uma análise em que constatou que o espaço para a BB Seguridade ofertar produtos para clientes do Banco do Brasil (BB) ficou menor e hoje está mais semelhante ao que apresenta o Bradesco. No banco da Cidade de Deus, em que a área de seguros responde por quase 30% do resultado, o crescimento em seguros tem sido menor.

Os analistas do J.P. Morgan afirmam, por exemplo, que no seguro prestamista, que cobre a inadimplência do crédito em caso de morte, a BB Seguridade tem uma participação maior que a do Bradesco hoje, considerando a relação de prêmios na modalidade e o estoque de crédito.

As perdas recentes no valor da ação abriram um "excelente" ponto de compra do papel antes da divulgação dos resultados na semana que vem, avaliam os analistas do Credit Suisse. Eles apostam que a companhia vá entregar fortes resultados, com lucro líquido de R$ 810 milhões de abril a junho, equivalente a um crescimento de 47% sobre igual período do ano passado. O bom desempenho da BB Seguridade deve se apoiar em melhores resultados operacional e financeiro, segundo o Credit.

Para a equipe do Brasil Plural, os dados de junho divulgados pela Susep, órgão regulador do mercado de seguros, reforçam a expectativa de um trimestre forte para a BB Seguridade. Com base nos dados, o Brasil Plural calcula lucro líquido de R$ 831 milhões para o segundo trimestre, 10,3% a mais do que nas estimativas anteriores do banco. Os analistas também afirmam que houve uma pequena desaceleração nos números de junho na comparação com maio, provavelmente ligada à Copa do Mundo e à antecipação de vendas em maio em preparo ao Mundial.

Em outra revisão, o BTG Pactual considerou o resultado da Ultrapar no segundo trimestre bem mais forte do que o esperado e elevou os cálculos para a companhia até o restante do ano. Os analistas Gustavo Gattass e Andres Cardona avaliam, em relatório, que as operações da companhia são mais defensivas do que se esperava.

O preço-alvo para as ações foi aumentado de R$ 55 para R$ 58,50, na esteira das melhores estimativas para o balanço do grupo. A projeção de lucro líquido para 2014 subiu 10,1% e foi a R$ 1,19 bilhão, mesma proporção do incremento para 2015, agora em R$ 1,26 bilhão. A recomendação permanece neutra.

"O bom desempenho do negócio de distribuição de combustíveis, apesar da demanda mais fraca, é um sinal forte de que os investidores estavam preocupados demais", comentou a dupla de analistas. Os motivos da melhora, segundo o banco, foram um controle de custos agressivo e uma boa política comercial.

Por outro lado, o BTG destaca que suas estimativas de alta no Ebitda da rede de postos Ipiranga - de 9% - ainda estão bem abaixo das metas da própria Ultrapar, que são de 15%. "Então possivelmente há espaço para outras revisões para cima", dizem Gattass e Cardona.

Já o Brasil Plural, em relatório assinado pelos analistas Andrew Muench e Diana Stuhlberger, considerou os resultados do segundo trimestre de Ultrapar fracos. Mesmo assim, os profissionais já esperavam a piora. Segundo a instituição, o mercado projeta que a perda de ritmo levará a avanço do Ebitda abaixo de 10%, enquanto a companhia espera número acima desse percentual.

A recomendação do Brasil Plural para as ações da Ultrapar é de "equal weight", equivalente à neutra. O preço-alvo é de R$ 57.

Além de Ultrapar, o BTG Pactual também revisou as projeções para Iochpe-Maxion e reduziu o preço-alvo para as ações de R$ 25 para R$ 22, após os resultados do segundo trimestre. A recomendação foi mantida em "compra".

Em relatório, o banco afirma que o mercado doméstico, que representa cerca de 35% das vendas da companhia, está muito fraco, numa tendência que ainda deve se manter no médio prazo. "Esse mercado costumava ter margens maiores, o que provavelmente não deve voltar a ocorrer", ressaltam os analistas do BTG Renato Mimica e Samuel Alves.

Segundo eles, o desempenho no mercado externo foi bastante positivo, com alta de 12% nas receitas da região do Nafta e de 13% naquelas geradas na Europa. Essa perfomance, contudo, não foi suficiente para compensar o tombo de 26% das vendas no Brasil, por conta do momento fraco para o mercado automotivo.

"Gostamos da história de longo prazo da Iochpe, por conta de seu processo de desalavancagem e sinergias geradas por fusões e aquisições, mas o momento é fraco para os lucros no curto prazo", destacam os analistas do Brasil Plural, ressaltando a preferência do banco pelas ações da Tupy no setor de bens industriais.

 

Fonte: Valor econômico 

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