FMI atualiza cotas, com peso maior a emergentes

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Os países emergentes e em desenvolvimento ganhariam mais peso no Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo uma atualização das cotas dos países-membros divulgada nesta sexta-feira, com base em dados de 2012. O peso desse grupo de países ficaria em 47,4%, acima dos 45,3% de 2011, de acordo com a atual fórmula de cálculo, cujos principais fatores são o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) e o grau da abertura da economia. As cotas do Brasil teriam uma alteração mínima, passando de 2,3% para 2,4%. A fatia das economias avançadas encolheria de 54,7% para 52,6%, com a parcela dos EUA encolhendo de 15,6% para 14,9%.

Os países emergentes e em desenvolvimento ganhariam mais peso no Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo uma atualização das cotas dos países-membros divulgada nesta sexta-feira, com base em dados de 2012. O peso desse grupo de países ficaria em 47,4%, acima dos 45,3% de 2011, de acordo com a atual fórmula de cálculo, cujos principais fatores são o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) e o grau da abertura da economia. As cotas do Brasil teriam uma alteração mínima, passando de 2,3% para 2,4%. A fatia das economias avançadas encolheria de 54,7% para 52,6%, com a parcela dos EUA encolhendo de 15,6% para 14,9%.

Os emergentes ganhariam terreno principalmente porque crescem a ritmo mais rápido que os avançados, e também porque viram uma elevação na sua fatia na economia global pelo critério de paridade do poder de compra (PPP, na sigla em inglês).

Mas não são esses números que entrarão em vigor caso o Congresso dos EUA ratifique a reforma do Fundo aprovada em 2010, que dará mais voz a emergentes como o Brasil. As cotas desse grupo de países aumentarão dos atuais 39,6% para 42,4%, com as do Brasil subindo de 1,8% para 2,3%. As dos EUA encolherão de 17,7% para 17,4%. Os dados que o Fundo divulgou mostram como ficaria a situação se fossem usadas informações mais recentes, com base na fórmula atual.

A reforma de 2010 de cotas e governança do FMI está paralisada por causa da resistência da maioria republicana na Câmara dos Deputados dos EUA em aprová-la. Como ela precisa ser aprovada por 85% dos votos dos países-membros e sozinhos os EUA têm mais de 15%, ela não avança sem a ratificação do Congresso americano.

Diretor-executivo do Brasil e de mais dez países na diretoria do FMI, Paulo Nogueira Batista Jr. gostaria de ver mudanças na fórmula de cálculo. Em declaração na reunião que discutiu o relatório, Nogueira Batista critica especialmente a variável abertura. "O argumento de que economias mais abertas têm uma participação maior na estabilidade global não pode se sustentar. Não é razoável inferir, por exemplo, que Luxemburgo tenha uma participação maior na estabilidade financeira internacional do que Brasil, Arábia Saudita e Coreia do Sul", diz o texto de Nogueira Batista, que destaca falar em seu nome, e não pelo Fundo.

Uma das principais novidades da atualização das cotas foi a incorporação dos novos números de 2011 para o PIB global por paridade do poder de compra, divulgados pelo Programa Internacional de Comparação (ICP, na sigla em inglês). O cálculo por PPP reflete melhor o custo de vida de cada país. Pelos novos dados do ICP, a fatia dos emergentes no PIB global é de 56%, acima dos 51% de 2005.

O cálculo das cotas leva em conta quatro variáveis: o PIB (três quintos pelo valor de mercado e dois quintos por PPP), com peso de 50%; a abertura da economia (aqui uma soma de créditos e débitos na conta corrente), com 30%; a chamada "variabilidade" (uma tentativa de refletir a eventual dependência do país do FMI), com 15%, e as reservas internacionais, com 5%. Além disso, aplica-se um "fator de compressão", para reduzir a dispersão no cálculo de cotas.

Nogueira Batista considera que o ideal é eliminar a variável abertura. Em simulações que constam do relatório, o FMI exclui a variabilidade. O brasileiro acha que essa variável deve de fato desaparecer, por inflar artificialmente as cotas de alguns países, e seu peso ser alocado integralmente para o PIB. Dentro dessa variável, o ideal seria aumentar a fatia do PIB por PPP.

 Fonte: Valor econômico

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