BC vê bancarização estagnada desde 2010

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Ao fazer uma pesquisa para saber como prover a população de cédulas e moedas, o Departamento do Meio Circulante (Mecir) do Banco Central (BC) acabou diagnosticando uma estagnação no acesso da população ao sistema bancário e uma queda na posse de cartões de débito e crédito entre 2010 e 2013.

De acordo com a pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", o percentual da população que disse ter conta corrente subiu de 51% em 2010 para 52% em 2013, variação dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.

De acordo com o chefe do departamento que fez o estudo, João Sidney de Figueiredo Filho, a questão da bancarização da população não é foco da pesquisa, que busca avaliar o uso dos instrumentos de pagamento e ver qual a tendência do uso do dinheiro. Com base nessas informações, o BC faz uma programação de médio e longo prazos para saber como atender a demanda por numerário.

Nesse ponto, a pesquisa ressalta a importância do dinheiro de papel. Cerca de metade da população não tem conta, outra metade, 51%, ainda recebe o salário em espécie. E a forma preferida para pagamento de contas e compras - especialmente as de baixo valor - é disparado o dinheiro vivo.

Chama atenção, a queda na posse de cartões de crédito e débito. Em 2010, 43% disseram ter cartão de crédito, ante 39% agora em 2013. Na modalidade débito o percentual caiu de 43% para 35% em três anos. Aqueles que disseram manusear cheques caíram pela metade, de 14% em 2010 para 7% no ano passado. Os dados sugerem uma retração da bancarização, pois menos cartões e menos cheques viraram uso de dinheiro em espécie.

Essa redução no acesso a cartões de débito e crédito contrasta com outra pesquisa do BC sobre meios de pagamento, que mostram crescimento nos volumes movimentados nessas modalidades. Como exemplo, o faturamento dos mercados de cartões de crédito e de débito atingiu R$ 534 bilhões e R$ 293 bilhões, respectivamente em 2013, alta de 14,7% e 23,4% em relação a 2012.

O BC também perguntou ao comércio sobre os meios que recebe pagamentos. Aqui, o dinheiro segue líder, mas contrastando com a queda na posse do instrumento pela população, o recebimento com cartões de crédito e débito subiu desde 2010.

Os recebimentos via cartão de crédito avançaram de 58% para 67%, enquanto os por cartão de débito subiram de 55% para 69%. Já o cheque manteve 27%, mesmo com uma queda pela metade na posse desse meio de pagamento. Quanto ao volume de vendas, o cartão de crédito subiu de 20% para 26% e o débito avançou de 12% para 14%, enquanto o dinheiro cedeu de 62% para 55%.

Segundo Figueiredo, essa possível discrepância entre posse de cartão e uso no varejo pode decorrer da amostra, como público consultado e atividades de comércio abrangidas.

A pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2013. Foram 1.012 pessoas entrevistadas em todas as 26 capitais mais distrito federal. Na sondagem feita junto ao comércio, foram realizadas 1.045 entrevistas.

Fonte: Valor econômico

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