Depois de dois pregões de grande volatilidade, a Bovespa teve um dia mais tranquilo e encerrou em leve alta ontem, graças ao avanço das ações da Vale, que compensou a baixa dos bancos e a instabilidade de Petrobras.
Depois de dois pregões de grande volatilidade, a Bovespa teve um dia mais tranquilo e encerrou em leve alta ontem, graças ao avanço das ações da Vale, que compensou a baixa dos bancos e a instabilidade de Petrobras.
O Ibovespa subiu 0,15%, aos 53.506 pontos, mas com volume baixo, de R$ 4,782 bilhões. Entre as principais ações do índice, Vale PNA (2,16%, a R$ 26,38) liderou os ganhos, Ambev ON subiu 1,09%, para R$ 15,68, e Petrobras PN (0,17%, a R$ 17,32) esboçou uma correção das fortes quedas dos dois últimos dias.
As ações da Petrobras ainda sentem os efeitos da decisão de terça-feira do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que aprovou a contratação direta da empresa para explorar o volume excedente de petróleo de campos do pré-sal que tinha sido objeto de cessão onerosa em 2010. A ação foi rebaixada por vários bancos na quarta.
Já Vale acompanhou a recuperação do preço do minério de ferro, que subiu 1,7% ontem, para US$ 95,30 por tonelada. Para o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi, o minério deve voltar à casa dos US$ 100 em breve.
A ação da Vale também reagiu à informação de fontes de que a empresa está oferecendo um desconto de até US$ 2,50 por tonelada do minério de ferro para siderúrgicas chinesas, seguindo movimento de rivais.
O preço médio do minério de ferro médio vendido pela Vale caiu de US$ 112,97 por tonelada no fim do ano passado para US$ 90,52 no primeiro trimestre deste ano, destaca análise distribuída pela Guide Investimentos. O recuo no preço praticado pela Vale foi maior do que a queda do índice de preços da commodity nos portos chineses da The Steel Index.
Especialistas acreditam que esse corte pode ampliar a competitividade da Vale. "Apesar do desconto, a medida visa aumentar a participação da empresa no mercado chinês, que responde a dois terços da demanda de minério de ferro", destaca o relatório. Segundo um operador, o desconto dado foi menor do que o projetado pelo mercado.
O setor bancário operou no vermelho pelo segundo dia seguido, embora as quedas tenham sido mais modestas. Itaú PN perdeu 0,34%, para 32,21, Bradesco PN caiu 0,21%, a R$ 32,75, Banco do Brasil ON recuou 0,58%, para R$ 25,31, e Santander Unit registrou baixa de 0,13%, a R$ 15,05. O setor ainda repercute a nota de crédito do Banco Central.