Acumular patrimônio é essencial para aposentadoria sem sustos

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"A gente não acredita que vai ficar velho, mas esse dia chega." O economista Felipe Westin tinha 35 anos quando essa consciência tomou conta de seus pensamentos a ponto de se tornar impossível de ignorar. Hoje, com 61 anos, considera-se feliz pela decisão tomada lá atrás de planejar - e executar - os planos para o momento de sua saída do mercado de trabalho.

"A gente não acredita que vai ficar velho, mas esse dia chega." O economista Felipe Westin tinha 35 anos quando essa consciência tomou conta de seus pensamentos a ponto de se tornar impossível de ignorar. Hoje, com 61 anos, considera-se feliz pela decisão tomada lá atrás de planejar - e executar - os planos para o momento de sua saída do mercado de trabalho.

Aposentado pelo INSS desde 2008 e com uma renda vitalícia conferida pelo seu plano de previdência privada, que passou a ter neste ano, Westin recebe ainda aluguéis de alguns imóveis comerciais, comprados ao longo dos 35 anos de carreira em multinacionais, dos quais 20 como diretor de recursos humanos. "É comum as pessoas chegarem a certa idade com muita dificuldade financeira e dependendo de filhos. Não queria isso para mim", afirma o ex-executivo

Mesmo com a independência financeira garantida, o economista não quis parar de vez. Em lugar de vestir o pijama, mantém há quase 10 anos uma consultoria na área de RH junto com uma das filhas. "Enquanto tiver clientes eu continuo na ativa. Mas agora posso ficar na ativa com tranquilidade."

A história do economista ilustra a importância de, literalmente, ser previdente. "As pessoas precisam se conscientizar da necessidade de se fazer uma poupança cada vez mais cedo", enfatiza o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flavio de Oliveira.

No planejamento ideal, o futuro aposentado, além da contribuição para o INSS, deveria começar sua previdência privada na casa dos 20 anos. Assim, segundo Carolina Mazza Wanderley, consultora sênior da Mercer, aos 60 anos, teria acumulado quatro décadas de aportes. Nessa situação, 10% do salário mensal seria suficiente para se obter um benefício entre 80% e 100% do último rendimento, quando somadas a pensão oficial e a renda do plano privado.

Porém, de acordo com Oliveira, da Bradesco Vida e Previdência, o mais comum no Brasil é que os trabalhadores comecem a poupar para a aposentadoria mais tarde, entre 30 e 40 anos. Para o executivo, seja em qual fase da vida, "a poupança adequada é a possível". O especialista lembra que o esforço de economia não deve prejudicar os projetos de curto e médio prazos. "Porque muitas vezes estão ligados à educação, ao desenvolvimento profissional, à família e à construção de patrimônio", explica.

Mesmo quem não conseguiu um volume de recursos confortável até o momento de se aposentar, pode ainda otimizar o patrimônio. Na avaliação de Angela Azevedo, sócia da consultoria MoneyPlan e planejadora financeira com certificação CFP, muita gente deixa de considerar o patrimônio na longevidade. "Um apartamento ou casa muito grande, por exemplo, adquirido para ser a residência da família, pode ser vendido para a compra de um imóvel menor e a diferença ser aplicada como recurso para a aposentadoria", explica.

Segundo Angela, é preciso tomar cuidado, por exemplo, com a parte imobilizada do patrimônio que gera custos, alguns inesperados. Foi o que aconteceu com o engenheiro aposentado José Tanaka, de 76 anos. "Tenho um terreno na praia que comprei há 30 anos para fazer uma casa. Mas nunca construí", conta. Em 2014, o aposentado recebeu uma multa de R$ 3 mil por não ter limpado a área.

O primeiro passo para um final - ou um início - feliz na aposentadoria, explica a sócia da MoneyPlan, começa por fazer as contas e saber o quanto será necessário para manter o padrão de vida e qual a capacidade de poupança. "Quando não se tem esses números na cabeça é impossível planejar."

Para o superintendente de produtos da Brasilprev, Sandro Bonfim, esse planejamento pode ser feito por etapas. Uma dica, conforme o especialista, é estabelecer objetivos de médio prazo em lugar de apenas um com horizonte demasiado amplo. "Tem gente que começa a poupar para aposentadoria, outros para abrir um negócio, para viajar, morar fora ou tendo como foco a educação", considera. À medida que o tempo passa, diz Bonfim, é preciso revisitar esses objetivos. "É importante fazer planos intermediários. E, por mais que acabe gastando parte da poupança, você criou a disciplina de economizar no longo prazo", completa Aura Rebelo, diretora de produtos e marketing da Icatu Seguros.

O planejamento também deve levar em conta o tipo de renda na aposentadoria, considera Leandro Lourenço, superintendente de marketing da Mongeral Aegon. Nos planos abertos, como os PGBLS e VGBLS, ao final do período de contribuição, o cliente pode optar por ser vitalícia ou por tempo determinado. "Essa renda pode ser revertida ao cônjuge ou aos filhos em caso de morte do titular", diz. Essa conta deve ser feita, porque a mesma reserva gera diferentes rendas, de acordo com as condições desejadas (veja quadro).

 Fonte: Valor econômico

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