Eles tiveram de fugir da Síria por causa da guerra civil que assola o país desde março de 2011. Após um ano e quatro meses em Brasília, as crianças, de seis e dez anos, já adotaram a Seleção Brasileira como time e o jogador Neymar como ídolo. Eles têm o desejo de conhecer o craque para ajudar a divulgar uma mensagem de paz. Na opinião dos garotos, o atacan te já é considerado o melhor do mundo.
Eles tiveram de fugir da Síria por causa da guerra civil que assola o país desde março de 2011. Após um ano e quatro meses em Brasília, as crianças, de seis e dez anos, já adotaram a Seleção Brasileira como time e o jogador Neymar como ídolo. Eles têm o desejo de conhecer o craque para ajudar a divulgar uma mensagem de paz. Na opinião dos garotos, o atacan te já é considerado o melhor do mundo.
Quase homônimo do ídolo, Nimar Al Najem, 6 anos, já praticava a o esporte na terra natal, "mas o Neymar não existia lá", conta o garoto, que usa o cabelo no estilo do ídolo.
Craque no futebol
Como o país não tem tradição futebolística, o conhecimento do garoto acerca dos grandes jogadores mundiais era limitado. Agora, já conhece o elenco de várias equipes e garante: o Brasil vai ser o campeão do mundo em 2014.
Nimar conta que, embora arrisque algumas jogadAs no futebol, seu ídolo é muito melhor em campo. Seu irmão, Jiman, dez anos, afirma que o futebol só virou paixão no Brasil.
Segundo Jiman, apesar de torcer para a seleção brasileira no Mundial, ficaria dividido se a Síria estivesse participando da competição. “Eu ficaria com uma bandeira em cada mão torcendo para os dois mesmo”, confessou.
Homenagem
A família dos garotos participou ontem de um evento no Centro Educacional 3, em Ceilândia. Lá, em uma festa que celebrou o fim do semestre letivo, fizeram um apelo em prol da paz mundial. Com esculturas do ídolo e do narrador Galvão Bueno, feitas pela própria família, tentam chamar a atenção para a situação da Síria. “A gente quer entregar o presente para o Neymar e pedir ajuda para falar sobre a paz”, disse Jiman.
Os idealizadores da iniciativa acreditam que o jogador Neymar vai apoiar a causa e apostam na repercussão.
Cabelo igual ao do atacante é a preferência
Com distribuição de bolas, camisetas e brindes, os estudantes do Centro Educacional 3 de Ceilândia, se mostraram animados com o evento que está prestes a ter o apito inicial soado. No local, mais de 50 meninos cortaram os cabelos no estilo do atacante da seleção.
Em uma sala cheia, repleta de tesouras, navalhas, gel, tintas e cabeleireiros, os garotos ficaram entusiasmados com a possibilidade de virarem sósias do Neymar.
Na fila, escolhiam um entre os 24 cortes diferentes utilizados pelo jogador. O sírio Jiman, por exemplo, raspou as laterais da cabeça, para ficar ainda mais parecido com o ídolo da Seleção Brasileira.
No clima
Pedro Henrique de Almeida, dez anos, também entrou no clima e fez o corte. Mas ele garante que não vai parar por aí. O próximo passo é fazer luzes no cabelo, assim como o camisa 10. “Minha rua já está toda enfeitada”, salienta o garoto
Saiba mais
A guerra civil da Síria já deixou pelo menos 130 mil mortos, destruiu a infraestrutura do país e causou uma crise humanitária regional.
Hoje, quase três anos depois, as partes envolvidas e a comunidade internacional tentam estabelecer em conjunto os termos para paz.
Mais de 2 milhões deixaram o país em busca de refúgio em nações vizinhas, aumentando as tensões entre os países próximos.
A seleção da Síria, que está na 140ª posição no ranking da Fifa, nunca participou da Copa do Mundo. Neste ano, a equipe foi banida das eliminatórias por uso irregular de um jogador.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília