Governo vê equilíbrio em acordo automotivo

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A indústria brasileira discorda da volta do sistema "flex" ao novo acordo automotivo entre Brasil e Argentina, mas o governo está convencido - com base nas informações recebidas das próprias montadoras - que isso não prejudicará o comércio no setor durante os próximos 12 meses.

A indústria brasileira discorda da volta do sistema "flex" ao novo acordo automotivo entre Brasil e Argentina, mas o governo está convencido - com base nas informações recebidas das próprias montadoras - que isso não prejudicará o comércio no setor durante os próximos 12 meses.

De acordo com uma fonte envolvida nas negociações, a estimativa da indústria é que as exportações brasileiras à Argentina superem em cerca de 15% as compras feitas do país vizinho. Esse desequilíbrio, em tese, caberia em um "flex" de 1,15. A Argentina queria 1,30. Portanto, na avaliação oficial, o número acertado em definitivo - 1,50 - dá folga suficiente a eventuais variações no comércio até junho de 2015.

Para o governo brasileiro, o acordo não só evita um baque nas trocas comerciais, já que o atual tem vigência apenas até o dia 30 de junho. A partir de 1º de julho, se não houver renovação do entendimento, as importações de veículos passam a ter cobrança de 35% de tarifa. Para o governo, a prorrogação do acordo dá previsibilidade à indústria em um ponto essencial: suas vendas ao mercado argentino, que representam até 15% da produção total no país.

O Banco Central da Argentina se comprometeu a não mais reter dólares que precisam ser remetidos às montadoras no Brasil, na chamada "quarentena", o que exclui a necessidade de novos esquemas de financiamento do comércio.

Contrariando os desejos da presidente Cristina Kirchner, no entanto, o Brasil não aceitou os pedidos argentinos de fixar metas para a substituição de autopeças importadas de fora do Mercosul por partes fabricadas pela indústria platina. As montadoras brasileiras importam cerca de US$ 20 bilhões de peças extra-Mercosul, principalmente europeias e asiáticas.

Na visão de Brasília, não havia como se comprometer com uma decisão de caráter privado. Ficou acertada, porém, a criação de uma espécie de catálogo de autopeças usadas nas fábricas brasileiras, com informações técnicas, que podem ser substituídas por similares argentinas. A lista pode ajudar na identificação de fornecedores às montadoras no Brasil.

Fonte: Valor econômico

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