O conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou ontem o pedido da Caixa Econômica Federal de conversão de R$ 10 bilhões de seus débitos com o fundo em dívida subordinada.
O conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou ontem o pedido da Caixa Econômica Federal de conversão de R$ 10 bilhões de seus débitos com o fundo em dívida subordinada.
Com a medida, a dívida deixará de impactar negativamente o patrimônio do banco, que passará a ter fôlego adicional para as operações de crédito nos projetos de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento, assim como em habitação e saneamento.
A negociação dessa operação foi antecipada ontem pelo Valor. A mudança na forma de classificação possibilitará uma alavancagem de até R$ 90 bilhões no crédito. Esse dinheiro, no entanto, segundo fonte do conselho, só pode ser aplicada em habitação, saneamento, infraestrutura ou operações exclusivas com recursos do FGTS. "Sem essa operação a Caixa estaria engessada", frisou uma fonte do conselho.
O banco público tem um estoque de dívida de cerca de R$ 200 bilhões com o fundo, sendo que cerca de R$ 11 bilhões já é classificada como subordinada.
Desde 2007, a Caixa se utiliza do instrumento para garantir a ampliação de sua carteira de crédito, principalmente nas áreas consideradas prioritárias para o FGTS, ou seja, habitação e saneamento básico. Mas a conversão do débito depende de aprovação do conselho curador do fundo. Inicialmente, o banco pedia a conversão de R$ 15 bilhões em dívida subordinada, mas o conselho aprovou R$ 10 bilhões.
Fonte: Valor econômico