Fundo se valoriza antes de bolsa começar a operar

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Mesmo antes do início das operações, o projeto da empresa que pretende criar uma bolsa de valores concorrente à BM&FBovespa apresenta uma forte valorização. Os investimentos na Americas Trading Group (ATG), responsável pelo projeto, são realizados por um fundo de participações (FIP) que reúne os investimentos dos fundos de pensão e dos fundadores da companhia.

Mesmo antes do início das operações, o projeto da empresa que pretende criar uma bolsa de valores concorrente à BM&FBovespa apresenta uma forte valorização. Os investimentos na Americas Trading Group (ATG), responsável pelo projeto, são realizados por um fundo de participações (FIP) que reúne os investimentos dos fundos de pensão e dos fundadores da companhia.

Criado em 2010, o fundo reúne hoje um patrimônio de R$ 832 milhões. O aumento veio tanto das captações obtidas com os fundos de pensão como de ajustes no valor das cotas.

O principal movimento de valorização ocorreu logo após o investimento na ATG. Em setembro de 2010, no início das operações, o fundo contava com um patrimônio de apenas R$ 2 milhões, ou R$ 1,00 por cota. Em seguida, a ATG passou por uma reavaliação, o que fez o valor da cota saltar para R$ 176,44 no trimestre seguinte, com valorização de 17.544%, de acordo com dados disponíveis no site da CVM.

Em seguida, o fundo passou a receber aportes do Postalis, fundação de previdência dos funcionários dos Correios. A participação no fundo no fim do ano passado era avaliada em R$ 270 milhões. Em 2013, o fundo recebeu um investimento de R$ 70 milhões da Serpros, realizado com um valor de R$ 237,87 por cota.

Questionada sobre a valorização das cotas, a ATG informou que o fundo foi subscrito inicialmente com ativos de valor de mais de R$ 400 milhões. "O grupo ATG é líder na América Latina do setor de electronic trading, possuindo mais de 60 funcionários, escritórios em cinco cidades", diz a empresa, em nota.

Os dados do balanço da ATG, no entanto, trazem números distintos. Em 2012, último dado publicado, a companhia reunia ativos totais de R$ 62 milhões. Naquele ano, a companhia registrou um prejuízo de R$ 36 milhões e uma receita líquida de apenas R$ 773 mil.

De acordo com a ATG, o "valuation" da companhia e de suas subsidiárias foi de responsabilidade do gestor do fundo, inicialmente o BNY Mellon, e confirmado por consultoria internacional independente, além da própria auditoria do fundo.

"Posteriormente, esse valuation foi confirmado pelo novo gestor do fundo, o Banco Safra, também fundamentado por dois consultores internacionais independentes e por nova auditoria do fundo", acrescenta a ATG. Procurado, o Safra não respondeu ao pedido de esclarecimentos até o fechamento desta edição.

Fonte: Valor econômico 

 

 

 

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