A menos de duas semanas do início da Copa, os vendedores da feira da Torre de TV estão cheios de dúvidas. Ao menos até ontem, alguns ainda não tinham recebido orientações sobre quais produtos podem ser comercializados em suas bancas — as regras da Fifa já estão valendo. Deicy de Siqueira, 63 anos, estendia algumas camisetas do Brasil na tarde de ontem. A roupa estampava apenas a Bandeira verde e amarela, além do nome do país. “Sei que assim pode, pelo que ouvi falar”, arrisca.
A menos de duas semanas do início da Copa, os vendedores da feira da Torre de TV estão cheios de dúvidas. Ao menos até ontem, alguns ainda não tinham recebido orientações sobre quais produtos podem ser comercializados em suas bancas — as regras da Fifa já estão valendo. Deicy de Siqueira, 63 anos, estendia algumas camisetas do Brasil na tarde de ontem. A roupa estampava apenas a Bandeira verde e amarela, além do nome do país. “Sei que assim pode, pelo que ouvi falar”, arrisca.
Em lojas próximas à dele, a desinformação era a mesma. Os comerciantes não conhecem as permissões e as proibições de seus produtos. Apenas acreditavam estar seguindo as normas. Entretanto, uma feirante que não quis se identificar tinha à mão um folheto da Agência de Fiscalização do DF (Agefis). Nele, havia todos os termos proibidos nas mercadorias, tais como “Fifa” e “Copa do Mundo”.
Durante a Copa das Confederações, quando as mesmas regras estavam vigentes, ela foi multada. Como pena, terá de pagar uma cesta básica — a audiência ocorreu neste mês. “Foi horrível, tive de estar frente a frente com um juiz”, lembra. Ela foi penalizada por vender um chaveiro com a imagem da mascote Fuleco. Lojistas relatam que fiscais do GDF visitaram a feira no último fim de semana e ontem. Teriam recolhido produtos considerados “fora do padrão permitido” e multado duas pessoas. A Agefis, no entanto, disse não ter registro dessa operação. A Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social (Seops), por sua vez, alegou não ter ido à feira da Torre de TV.
Ponto de conflito
O desencontro de informações também atinge bares e restaurantes. Segundo o vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares (Sindhobar), Nadim Haddad, não houve reunião de instrução. “A área de restrição comercial vai gerar conflito. Tenho a impressão de que usarão um perímetro menor”, opina. Segundo a Fifa, os bares não terão de retirar produtos das prateleiras, mesmo que sejam de empresas não patrocinadoras do Mundial. Porém, os estabelecimentos não poderão instalar novos itens com marcas dessas empresas. No decorrer do Mundial, tudo tem de estar como é atualmente. “Mas não temos percebido o marketing de emboscada”, destaca Haddad.
Material falsificado
A Seops apreendeu, na semana passada, 3 mil peças de roupas falsificadas. Ao menos 300 delas, segundo a secretaria, faziam menção à Copa do Mundo. A operação, batizada de Mundial 2014, prendeu seis pessoas. A pirataria foi encontrada em 10 bancas da Feira dos Importados. Os produtos eram vendidos por preço até 60% inferior ao de peças originais, segundo a Seops.
Fonte: Superesporte