IFC quer dobrar apoio à infraestrutura no país

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A International Finance Corporation (IFC), unidade do Banco Mundial para o financiamento ao setor privado, tem planos de dobrar a carteira de investimentos em projetos de infraestrutura no Brasil em período de três anos. Hoje, a IFC tem uma carteira no país cujos desembolsos somam US$ 4,2 bilhões, dos quais US$ 1 bilhão corresponde a projetos de infraestrutura, incluindo financiamentos e participações societárias em empresas do setor. A maior parte da carteira brasileira da IFC refere-se a investimentos nos setores financeiro, de manufatura e serviços.

A International Finance Corporation (IFC), unidade do Banco Mundial para o financiamento ao setor privado, tem planos de dobrar a carteira de investimentos em projetos de infraestrutura no Brasil em período de três anos. Hoje, a IFC tem uma carteira no país cujos desembolsos somam US$ 4,2 bilhões, dos quais US$ 1 bilhão corresponde a projetos de infraestrutura, incluindo financiamentos e participações societárias em empresas do setor. A maior parte da carteira brasileira da IFC refere-se a investimentos nos setores financeiro, de manufatura e serviços.

A parte relacionada a projetos de infraestrutura poderá chegar, no mínimo, a US$ 2 bilhões até 2016, nas estimativas da IFC. "Gostaríamos de dobrar a carteira em infraestrutura", disse Bernard Sheahan, diretor do departamento de infraestrutura e recursos naturais da IFC. Mas o crescimento da infraestrutura na carteira da IFC poderá ser até maior. A IFC vem investindo cerca de US$ 2 bilhões por ano no Brasil, sendo 25% desse total em participação acionária (equity). E a tendência é que esse patamar de investimentos se mantenha nos próximos anos.

Se a previsão se confirmar, entre 2014 e 2016 a IFC poderá desembolsar cerca de US$ 6 bilhões entre financiamentos e investimentos em participações societárias no Brasil, sendo que até metade desse valor (US$ 3 bilhões) poderá ser aplicado em projetos de infraestrutura. Nos dois últimos anos, o Brasil foi o país que mais recebeu recursos da IFC em um total de 145 países. Em seu portfólio Brasil, a IFC tem participações acionárias em 31 empresas no total.

Sheahan media hoje, no Rio, painel sobre oportunidades de financiamento para projetos de infraestrutura em mercados emergentes no seminário "Global Infrastructure Initiative". Ele entende que é importante ter um modelo de financiamento à infraestrutura que permita combinar o uso de um maior número de fontes privadas com instrumentos públicos como é o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "O interesse [privado] existe, mas se esperam sinais mais claros e previsíveis."

O problema do modelo atual se relaciona com as revisões dos projetos, disse Sheahan. O financiamento à infraestrutura em escala depende da existência de um volume de projetos bem preparados e que não precisem ser revistos "quatro ou cinco vezes". Ele afirmou que a IFC pode ajudar o Brasil compartilhando sua experiência internacional. Disse que há casos em que se conseguiu ter um ritmo mais acelerado de parcerias público-privadas (PPPs) como na Europa, Índia, Turquia e África do Sul.

"Essa experiência da IFC é muito válida para ajudar o Brasil a ajustar o seu modelo e ter algo previsível e sustentável a longo prazo", disse Sheahan. A IFC também pode investir em projetos novos, correndo o risco das fases iniciais e dando confiança para a entrada de outros investidores, disse Sheahan. Ele elogiou os avanços obtidos pelo país no segmento de água e saneamento nos últimos anos. Hector Gomes Ang, diretor da IFC no Brasil, disse que há muito espaço para crescimento do investimento privado em água e saneamento no país. A IFC tem participação de cerca de 5% em uma empresa do setor, a Aegea. Esse é um dos segmentos prioritários para a IFC no Brasil na área de infraestrutura ao lado dos setores de logística e energia.

Fonte: Valor econômico

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