Na disputa por posições no ranking de ativos, o que mais colaborou para elevar a participação dos dois maiores bancos públicos do país, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal, foram as operações de crédito. Desde a crise financeira de 2008, as instituições ligadas ao governo vêm ganhando participação de mercado.
Na disputa por posições no ranking de ativos, o que mais colaborou para elevar a participação dos dois maiores bancos públicos do país, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal, foram as operações de crédito. Desde a crise financeira de 2008, as instituições ligadas ao governo vêm ganhando participação de mercado.
Juntos, Caixa e Banco do Brasil tinham uma fatia no crédito de 37,5% em 2009, percentual que subiu para 46,57% ao fim de 2013.
O BB se manteve na liderança do sistema financeiro em crédito de 2009 a 2013, de acordo com os dados do Banco Central, com um crescimento nessas operações de 108,5%, passando de R$ 279,7 bilhões para R$ 583,3 bilhões. Em ativos, a expansão foi menor, de 76,1%.
A Caixa foi a instituição que mais avançou no crédito, com uma expansão de 290,3% no estoque. A instituição terminou 2009 com R$ 124,4 bilhões em empréstimos e finalizou 2013 com um total de R$ 485,5 bilhões. Isso garantiu ao banco saltar da quarta posição em 2009 - quando estava atrás de BB, Itaú Unibanco e Bradesco - para a segunda em 2013.
Segundo o vice-presidente de finanças da Caixa, Marcio Percival, a carteira de crédito do banco tem ganhado cada vez mais espaço na composição dos ativos, movimento que teve início em 2008.
Naquela época, os títulos e valores mobiliários representavam 41% dos ativos do banco, enquanto que a carteira de crédito representava 28%. Ao longos dos anos isso foi se alterando e, em 2013, o portfólio do banco passou a representar 58% dos ativos, enquanto os títulos e valores mobiliários ficaram com uma participação de 19%.
Não foram todos os bancos públicos, porém, que conseguiram avançar no ranking de ativos graças ao crédito. No caso do Banrisul, a expansão das operações de empréstimo não foi suficiente para mantê-lo entre os dez maiores bancos. Em 2009, o banco ocupava a décima posição em ativos, mas terminou 2013 na 11ª, após a entrada do BTG Pactual no ranking.
Mesmo assim, o banco mostrou expansão em suas operações de crédito, com alta de 97,98% no período, com o volume passando de R$ 12,8 bilhões para R$ 25,4 bilhões. Esse movimento permitiu que o banco mantivesse sua nona posição em crédito no período.