Para aproveitar o bom momento do mercado e dar mais liquidez a alguns de seus bônus...
Para aproveitar o bom momento do mercado e dar mais liquidez a alguns de seus bônus, o Banco do Brasil reabriu ontem uma emissão de títulos denominados em euros que fez no ano passado e captou € 300 milhões. A operação foi antecipada pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo do Valor, na manhã de ontem.
Com a emissão, o BB não apenas aumentou o volume desses papéis em circulação para €1 bilhão, já que € 700 milhões haviam sido emitidos inicialmente, como também conseguiu pagar menos pelos novos títulos.
O retorno (yield) dos bônus, que vencem em julho de 2018 e pagam cupom de 3,75% ao ano, ficou em 3,169% na reabertura, abaixo dos 3,875% precificados na emissão original de 2013.
Além da diferença de prazo, que naturalmente implica uma taxa de referência ("midswap") mais baixa agora, houve também uma redução do spread, de 283,5 pontos-base pagos no ano passado para 230,9 pontos na emissão atual. "O BB teve a percepção de risco melhorada", afirmou uma pessoa próxima à operação.
A demanda pelos bônus foi alta, superando € 800 milhões. O apetite dos investidores fez com que o banco captasse mais que os € 250 milhões inicialmente planejados, de acordo com uma fonte. Os recursos levantados serão utilizados para compor o caixa do banco.
Segundo José Maurício Pereira Coelho, diretor de Finanças do Banco do Brasil, a forte demanda abria espaço para que o banco realizasse uma nova emissão, mas a decisão foi por reabrir a operação antiga porque havia interesse do banco em aumentar a liquidez desses papéis.
"Havia espaço, era uma possibilidade [fazer nova emissão]. Mas julgamos que era mais adequado reabrir", disse.
Coelho afirmou também que a operação atraiu novos investidores, sendo a maioria de europeus. "O mercado em euros é importante para nós", afirmou. A emissão foi coordenada pelo Deutsche Bank, HSBC, Bradesco BBI, J.P. Morgan, Santander e o BB Securities.
Fonte: Valor Econômico