Projetos para o Lago Paranoá não saem do papel

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Nos últimos 15 anos, a reaproximação da população do Lago Paranoá e a criação de novos polos turísticos foram temas de alguns projetos. As ideias foram muitas, mas a execução não seguiu no mesmo ritmo. Muitos dos planejamentos arquitetônicos não foram implementados nos prazos estabelecidos. Outros não contaram com o acompanhamento devido após a conclusão.  A última reportagem da série De costas para a orla mostra as principais perspectivas em torno da utilização do espaço e o que tem sido feito para resolver a questão. Hoje vence o prazo para o Governo do DF entregar o cronograma de desocupação da orla.

Nos últimos 15 anos, a reaproximação da população do Lago Paranoá e a criação de novos polos turísticos foram temas de alguns projetos. As ideias foram muitas, mas a execução não seguiu no mesmo ritmo. Muitos dos planejamentos arquitetônicos não foram implementados nos prazos estabelecidos. Outros não contaram com o acompanhamento devido após a conclusão.  A última reportagem da série De costas para a orla mostra as principais perspectivas em torno da utilização do espaço e o que tem sido feito para resolver a questão. Hoje vence o prazo para o Governo do DF entregar o cronograma de desocupação da orla.

As primeiras discussões sobre o uso do espaço surgiram em 1995, ano em que foi aprovada a primeira lei do Projeto Orla (971/95), que previa a criação de 11 polos comerciais, com o objetivo de democratizar o uso e promover o turismo do local. No entanto, das ideias, apenas duas ganharam continuidade: o Pontão do Lago Sul e a Concha Acústica.

 Em 2008, os projetos ganharam uma tímida retomada, mas não seguiram em frente. Somente em 2009, os estudos prosseguiram e mais dois locais foram revitalizados: o Beira-Lago e o Calçadão da Asa Norte, ambos concluídos em 2011. De acordo com a Secretaria de Obras, os dois últimos custaram aos cofres públicos o montante de R$ 6,8 milhões.

Sem previsão

Para o futuro, as expectativas são ousadas, mas ainda sem estimativas de conclusão. Exemplo disso é o Pelotão Lacustre e área de lazer no Anfiteatro do Lago Sul. Orçado em   R$ 11 milhões, o projeto está em fase de aprovação pelos fiscais da Novacap.

Outro projeto é a revitalização da Concha Acústica. A previsão é de que sejam feitas reformas da concha, dos banheiros e dos quiosques, além da construção de fonte, espelho d’água, marquise com quiosques, paisagismo e deques em madeira. Mas a execução segue a passos lentos: o projeto ainda está em fase de estudos e não há valores definidos para as obras.

Asa sul

 Um pouco mais adiantada está a construção do Calçadão da Asa Sul, localizado ao lado da  Ponte das Garças. Orçada em R$ 7 milhões, a obra prevê calçadões em madeira, pier e construção de pista de skate, entre outros atrativos de lazer.

Plano de revitalização

 

Em 2012, um novo projeto de lei complementar, elaborado pela Administração Regional do Lago Sul, foi apresentado. O documento propõe a revitalização e a criação de áreas de preservação ambiental, esporte e lazer nas margens do Lago. Ao todo, o projeto dispõe sobre 27 espaços para uso da comunidade, entre parques e áreas de Relevante Interesse Ecológico (Aries). Somente na porção sul da orla, serão mais de 2,5 milhões de metros quadrados destinados ao turismo. 

 

 Segundo o administrador Wander Azevedo, a ideia surgiu após reivindicações da população. Ele destaca que  a decisão judicial que determinou a retirada das ocupações de áreas públicas do Lago Paranoá foi determinante para a elaboração do projeto. 

 

Estrutura necessária

 

Segundo o administrador, o projeto prevê o uso dos espaços públicos e seus acessos, “oferecendo toda a estrutura necessária como iluminação pública e infraestrutura para a prática de atividades esportivas”, explica. De acordo com ele, desde que foi criada, a Ponte JK, apesar de ser admirada, não tem atraído os brasilienses. Isso porque a área lateral próxima a QL 24 não foi urbanizada.

 

É preciso colocar em prática

 

Para os adeptos de atividades físicas ao ar livre, a revitalização da orla seria a solução para muitos problemas. Por falta de lugares adequados, boa parte dos brasilienses opta  por frequentar o Parque da Cidade, mesmo morando em lugares distantes. É o caso da designer de moda Flávia Lopes, 28 anos. “Moro na Asa Norte e venho ao parque todos os dias. Às vezes, tenho que enfrentar o congestionamento, mas ainda é a opção mais viável”, relata.

 

Ela conta que coleciona experiências desagradáveis em outros polos de lazer. “Criaram a ciclovia no Lago Norte, mas não tem estrutura. Faltam banheiros e lixeiras e sobram mato e sujeira”, reclama. Segundo Flávia, falta vontade política para levar os projetos para frente. “Na teoria, são ótimos, mas eles fazem e simplesmente não oferecem estrutura. Geralmente, são gastos milhões e o resultado passa longe do esperado”, diz.

 

Teoria x realidade

 

 Na opinião do empresário Thiago Ribeiro, 28 anos, apesar de esperar que os projetos alcancem o resultado esperado, o sentimento de boa parte dos cidadãos é de descrença. “Na teoria, os projetos são ótimos. Mas essas obras se arrastam anos a fio e são entregues pela metade”, salienta.

 

 Segundo o autônomo Marcelo Barbosa, 31 anos, os brasilienses contam com poucas opções de lazer acessíveis. “O único lugar que dá para aproveitar é o Parque da Cidade. Os demais estão à margem do abandono, oferecendo sérias ameaças à segurança”, diz.

Fonte: Jornal de Brasília

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