Captações da Petrobras já cobrem necessidade de recursos neste ano

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A Petrobras aproveitou uma melhora no mercado externo para atender suas necessidades...

A Petrobras aproveitou uma melhora no mercado externo para atender suas necessidades de caixa antes que a campanha presidencial para as eleições de outubro torne o ambiente mais turbulento para a companhia.

Essa foi a leitura de alguns analistas do setor diante da emissão de bônus de US$ 8,5 bilhões feita ontem. Com a operação, o total captado pela Petrobras neste ano já soma US$ 20,5 bilhões, considerando-se também empréstimos bilaterais.

Se por um lado esse volume dá tranquilidade para a Petrobras cumprir seus investimentos em 2014, por outro se consolida o temido aumento da dívida da empresa. O plano de negócios da estatal para o período de 2014-2018 prevê captações de US$ 60,5 bilhões nesse intervalo.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, admitiu que nos primeiros anos do plano as captações poderiam ser mais elevadas, portanto acima da média anual de US$ 12 bilhões, já que estão previstos investimentos mais pesados no início do período. Em 2016, as duas refinarias hoje em construção - Refinaria do Nordeste (Rnest) e Comperj - já terão começado a produzir combustíveis, reduzindo a necessidade de importações de derivados. O primeiro módulo da Rnest está previsto para entrar em operação no quarto trimestre deste ano e o segundo no semestre de 2015, enquanto o Comperj (cujas obras estão atrasadas) está previsto para 2016.

Um analista que acompanha a empresa observou que captação é uma questão de oportunidade e claramente a Petrobras aproveitou as que surgiram neste ano. Em janeiro, a estatal fez uma captação de bônus denominados em euros e em libras. Na avaliação desse analista, que não quis se identificado, a companhia detectou demanda para captar a um preço adequado e aproveitou, especialmente porque 2014 é ano eleitoral e a situação pode ficar mais difícil perto da disputa, em outubro.

Para os que se surpreenderam quando a operação foi divulgada, um analista de banco estrangeiro disse que não há novidade. "A história é a mesma. Geração de caixa ruim mais investimento alto é igual a dívida subindo", resumiu, referindo-se ao custo maior da nova emissão.

Um terceiro observador destacou o fato de a taxa paga pela Petrobras na emissão ter aumentado, mas ponderou que isso já vinha sendo precificado pelo mercado.

Fonte: Valor Econômico

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