Petrobras bate menor preço desde 2005 e faz Ibovespa recuar

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Se não fosse Petrobras, a bolsa brasileira teria fechado em alta ontem. O balanço da estatal provocou forte volatilidade nas ações, que terminaram o dia com seus menores preços desde 2005.

Se não fosse Petrobras, a bolsa brasileira teria fechado em alta ontem. O balanço da estatal provocou forte volatilidade nas ações, que terminaram o dia com seus menores preços desde 2005.

O Ibovespa caiu 0,25%, para 46.599 pontos, com volume de R$ 5,807 bilhões. Petrobras PN liderou as perdas do índice ao recuar 3,52%, para R$ 13,68, menor cotação desde 27 de dezembro de 2005, quando valia R$ 13,47. A ação ON caiu 2,86%, para R$ 12,90, cotação mais baixa desde 5 de agosto de 2005 (R$ 12,84). No ano, Petrobras PN já perde 19,9%, enquanto o Ibovespa recua 9,5%.

A estatal apresentou lucro de R$ 6,28 bilhões no quarto trimestre, uma queda de 18,9% ante igual período do ano passado, mas 36% acima da média de R$ 4,6 bilhões estimada pelos analistas ouvidos pelo Valor. A Petrobras também anunciou seu plano de investimentos para o período de 2014 a 2018, no montante de US$ 220,6 bilhões.

"O lucro foi melhor que o esperado, mas graças a uma série de fatores não recorrentes, como vendas de ativos, isso sem falar na contabilidade de hedge e na base fraca de comparação", disse o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi.

"O papel azedou de vez depois que a [presidente da Petrobras] Graça Foster afirmou que 2014 está dado. Quem esperava alguma melhora, vai ter que tirar o cavalinho da chuva", acrescentou.

A lista de afirmações negativas de Graça Foster não parou aí. Ela disse em apresentação a analistas que não é possível reverter os indicadores de dívida em 2014, embora a companhia tenha preocupação "absoluta" com a manutenção de sua nota de risco de crédito, hoje em grau de investimento.

A presidente da Petrobras também descartou um repasse integral dos preços internacionais dos combustíveis para a gasolina e o diesel vendidos no país e disse que tal paridade será alcançada ao longo dos próximos anos.

O Goldman Sachs cortou o preço alvo das ações PN da Petrobras, de R$ 23,10 para R$ 20,70, mas manteve a recomendação de compra. O lucro líquido veio acima das estimativas do banco, mas o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), de R$ 15,5 bilhões, ficou abaixo do esperado, embora tenha sido 30,2% maior que no mesmo trimestre de 2012.

"A maior parte da diferença em relação a nossa projeção de Ebitda veio do desempenho mais fraco da unidade de gás e energia, pois o preço médio no mercado spot no quarto trimestre não compensou os maiores custos com gás, um cenário que esperamos que seja revertido no primeiro trimestre deste ano", afirmou o analista Felipe Mattar em relatório.

Para o Credit Suisse, "não há urgência em comprar ações da Petrobras". O banco admite que os múltiplos a que os papéis são negociados atualmente parecem atrativos, ainda mais depois de números relativamente superiores às projeções no quarto trimestre, mas diz que vai esperar mais informações sobre o plano estratégico.

Para os analistas Vinicius Canheu e André Sobreira, a cotação da ação hoje reflete anos de desempenho decepcionante e ainda não parece realmente barata. O investimento pode se tornar atrativo, contudo, em 2015, caso a companhia entregue as metas de produção e corrija a defasagem dos preços dos combustíveis.

Fonte: Valor econômico

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