As obras de reforma e modernização do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek têm gerado transtornos e insatisfação, na opinião dos passageiros. Há três dias do início oficial do Carnaval e pouco mais de quatro meses para o início da Copa do Mundo, quando o fluxo de embarques e desembarques é maior, a pergunta que paira no ar entre os usuários é se haverá tempo hábil para concluir as melhorias. Ao todo, serão 100 mil metros quadrados de obras com custo estimado em R$ 2,8 bilhões. Até o megaevento esportivo, o espaço receberá R$ 750 milhões em investimentos.
As obras de reforma e modernização do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek têm gerado transtornos e insatisfação, na opinião dos passageiros. Há três dias do início oficial do Carnaval e pouco mais de quatro meses para o início da Copa do Mundo, quando o fluxo de embarques e desembarques é maior, a pergunta que paira no ar entre os usuários é se haverá tempo hábil para concluir as melhorias. Ao todo, serão 100 mil metros quadrados de obras com custo estimado em R$ 2,8 bilhões. Até o megaevento esportivo, o espaço receberá R$ 750 milhões em investimentos.
A Inframérica, concessionária que administra o terminal, informou que o fluxo de passageiros durante o próximo feriado deve crescer 7% em relação ao mesmo período de 2013. Devem passar, diariamente, 40 mil pessoas no local.
Uma das principais queixas entre os usuários é que as obras estariam confundindo os passageiros e o espaço para espera dos voos e atendimento dos guichês estariam reduzidos. Várias áreas estariam com a visibilidade comprometida devido ao uso de tapumes nas obras. “Está muito difícil de se localizar aqui dentro. Deveriam sinalizar melhor, pois temos a impressão em determinados pontos que estamos dentro das obras. Sabemos que é por um motivo bom, mas os serviços deveriam funcionar com mais praticidade”, argumentou a funcionária pública Marta Alloh, de 59 anos.
Com criança de colo e a bagagem pesada nas costas, a servidora Roseluanda Aquino, 36, também esperava por um atendimento mais rápido nos guichês. “Isso porque ainda nem estamos à véspera do Carnaval. Fiquei quase meia hora para despachar as bagagens. Imagina isso aqui na sexta?”, indaga.
FILA
Já a professora Rosangela Vinagreiro, 59, disse que não enfrentou fila para o embarque. “Comigo foi rápido, acho que varia de acordo com os horários de pico e até mesmo se levar em conta os dias da semana”, respaldou.
Marcus Eustáquio, 44, aguardava o voo para São Paulo em uma área reduzida aos passageiros por conta das obras. Apesar do transtorno, ele disse que não encontrou muitas dificuldades na hora de passar pelos guichês. “Até que foi rápido. Mas é notório que há menos espaço e isso gera desconforto”.
Pesquisa de satisfação
De um total de 15 aeroportos avaliados pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, o de Brasília ficou na antepenúltima posição, com média geral de 3,55. Também concedido à iniciativa privada, o maior aeroporto do País, o de Guarulhos, foi o que ficou com pior pontuação, 3,31.
O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), foi o mais bem avaliado no relatório Desempenho Nacional em Aeroportos do quarto trimestre de 2013. Na média geral dos 40 indicadores, o aeroporto no interior paulista recebeu no período nota 4,12 dos clientes, numa escala cujo valor máximo é cinco. O levantamento da SAC fez 18,2 mil entrevistas com usuários.
Usuária teme que prazo não seja suficiente
Desde as 17h esperando uma conexão que só aconteceria às 21h com destino ao Espírito Santo, a professora Eliana Camizão, 58, afirmou que o aeroporto está “apertado”. “A situação está horrível. As condições não estão nem perto de satisfatórias, ainda que nós sabemos que estão passando por obras. Cadê o aeroshopping que disseram que ia ter aqui? Não acredito que fique tudo pronto até a Copa”, comentou.
Se por um lado os embarques e desembarques estão sujeitos a atrasos e transtornos, o estacionamento público e privativo do aeroporto funcionava bem na tarde de ontem. “Consegui um espacinho bem aqui na frente, ainda que seja vaga de idoso”, afirmou o aposentado Onildo Souza, 67.
Reforço
O Consórcio Inframérica informou que reforçará sua equipe de atendimento durante o Carnaval. A concessionária também disse que vai disponibilizar 30% de seus sistemas de check-in compartilhado para auxiliar as companhias aéreas a suprir a demanda e contará com uma esteira de bagagens a mais para voos internacionais.
Com os investimentos no aeroporto, os terminais 1 e 2 devem ser totalmente reformados, além da construção de um novo terminal com 15 posições de embarque. As pontes de acesso aos aviões devem passar de 13 para 28. O estacionamento terá capacidade para receber o dobro de carros: três mil. A expansão prevê aumentar a capacidade do aeroporto de 16 milhões de passageiros anuais para 41 mi quando obras terminarem.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília