O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,61 bilhões no terceiro trimestre, queda de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 0,9% em relação ao segundo trimestre deste ano.
O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,61 bilhões no terceiro trimestre, queda de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 0,9% em relação ao segundo trimestre deste ano.
O resultado veio acima do que esperavam os analistas consultados pelo Valor. Segundo reportagem publicada em 18 de outubro, os analistas esperavam, na média, um lucro de R$ 2,506 bilhões.
O lucro líquido contábil foi de R$ 2,7 bilhões, queda de 0,9% em relação ao mesmo período de 2012. O valor representa menos da metade do lucro contábil reportado no segundo trimestre deste ano, um total de R$ 7,472 bilhões, que foi inflado pela captação com a oferta inicial de BB Seguridade.
O resultado do BB no terceiro trimestre foi impactado negativamente por um aumento nas provisões de crédito de liquidação duvidosa em 12 meses.
Por outro lado, o resultado teve a contribuição de uma maior margem financeira bruta (MFB). A margem, diferença entre as receitas e as despesas de intermediação financeira do banco, encerrou o terceiro trimestre em R$ 11,756 bilhões, com elevação de 4,5% sobre o mesmo período do ano passado. O desempenho da MFB foi influenciado, principalmente, pelo aumento da receita financeira com operações de crédito e resultado de tesouraria.
As provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) aumentaram 4% na comparação anual. Chegaram a R$ 3,915 bilhões. Em relação ao segundo trimestre deste ano, as despesas com PCLD caíram 7,2%.
A carteira de crédito ampliada total terminou setembro em R$ 652,3 bilhões, uma alta de 2,1% ante junho e de 22,5% em 12 meses.
A taxa de inadimplência de 90 dias ficou em 1,97%. O percentual representa uma alta de 0,10 ponto percentual em relação ao segundo trimestre deste ano e uma queda de 0,22 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2012.
O Bradesco, que abriu a safra de balanços de bancos brasileiros, registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,082 bilhões no terceiro trimestre, alta de 6,5% superior ao mesmo período do ano passado.
No dia 24 de outubro, foi a vez do Santander de divulgar o resultado do terceiro trimestre. O banco reportou um lucro ajustado de R$ 1,407 bilhão, uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
No dia 29, o Itaú Unibanco anunciou um lucro líquido de R$ 3,995 bilhões no período de julho a setembro, o maior resultado trimestral da instituição desde a fusão que resultou na criação do maior banco privado do país no fim de 2008.
Inadimplência
Conforme previsto por analistas, o nível de calotes do Banco do Brasil apresentou resiliência no balanço divulgado nesta terça-feira.
O Banco do Brasil informou que promoveu, no terceiro trimestre, uma revisão da metodologia de riscos fundamentada no risco do cliente, nas garantias atreladas, no prazo da operação e na relação entre endividamento e capacidade de pagamento do cliente. “Essa revisão resultou na melhora de risco de parte das operações com clientes e propiciou a reversão de despesa de PCLD (provisões para créditos de liquidação duvidosa) no trimestre”, diz o release de resultados.
As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 3,9 bilhões no 3º tri, o que implica uma queda de 7,2% ante o 2º trimestre deste ano. Na comparação com igual período de 2012, no entanto, houve alta de 4%.
Crédito
Impulsionada pelo aumento do estoque de empréstimos feito a empresas e ao setor de agronegócio, a carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil, que inclui garantias e títulos privados, atingiu R$ 652,3 bilhões em setembro deste ano, com expansão de 22,5% em 12 meses. Em relação ao segundo trimestre deste ano, o aumento foi de 2,1%.
A carteira de crédito classificada, que não considera títulos e garantias, alcançou R$ 585 bilhões ao fim do terceiro trimestre deste ano, com elevação de 21,7% na comparação com igual período de 2012 e alta de 1,7% ante junho deste ano.