Falta dólar em Brasília: casas de câmbio despreparadas para demanda

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Quem precisa comprar dólar no Distrito Federal enfrenta dificuldades para conseguir a moeda americana em espécie. Desde a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em dezembro último, a procura pelo papel-moeda aumentou em todo o país. A taxa pulou de 0,38% para 6,38%, provocando uma queda na demanda por operações no exterior com cartões pré-pagos em aproximadamente dois terços em 2014, como estima a Associação Brasileira de Corretoras de Câmbio (Abracam). Tal fenômeno teve reflexo em várias regiões do Brasil, quando casas de câmbio registraram falta de dólares em espécie. No DF, a situação não é diferente. Pessoas ouvidas pelo Correio relatam dificuldade em comprar grandes quantias e também demora nas negociações. O DF conta com 15 estabelecimento dessa natureza, segundo a Abracam.

Com viagem marcada para Orlando, nos Estados Unidos, em 3 de março, a contadora Leandra Godinho Morais, 37 anos, tentou realizar a compra em um banco em meados de janeiro, mas teve a solicitação negada. Segundo ela, o banco teria informado que não conseguiria repassar a quantia em espécie em tempo hábil. “Procurei logo uma casa de câmbio, mas ela também não dispunha do valor que eu precisava naquele dia. Fiz o pedido em uma quarta-feira, mas só consegui pegar o valor na sexta-feira”, comentou. Acostumada a viajar para o exterior fazendo uso do cartão, a contadora mudou de tática com o aumento do IOF. “Optei por usar dinheiro físico porque, assim, não sairia perdendo. Hoje (ontem), tentei conseguir mais dólares em uma casa de câmbio, mas foi a mesma complicação. Demoraria”, argumentou. Ela vai viajar com um grupo de 19 pessoas e mesmo as que procuraram doleiros testemunham dificuldades em conseguir valores altos.

Para Flávio Basílio, doutor em economia pela Universidade de Brasília e ex-professor da mesma instituição, o problema não é a falta da divisa. “Temos uma reserva internacional forte. Os bancos oficiais têm dólar. Agora, a demanda nas casas de câmbio por moeda física cresceu devido ao diferencial de imposto de 6% na comparação com o cartão pré-pago ou mesmo cartão de crédito. Ocorre que essas instituições não estavam preparadas para essa elevação sazonal”, justificou. Basílio acredita que a situação no DF seja temporária e se deu em função da mudança na conjuntura do país. “Não dá para comparar com o caso que ocorreu na Argentina. Aquele foi um problema de divisas. Aqui, é algo pontual e deve se normalizar em algum tempo”, previu.

O presidente da Associação Brasileira de Corretoras de Câmbio (Abracam), Túlio Ferreira dos Santos, tem opinião diferente. Ele assume o desabastecimento dos estabelecimentos e acredita que o panorama deva persistir. “Como houve um aumento repentino da procura, ocorreu esse problema de moeda em algumas casas, principalmente as localizadas em lugares mais afastados do Rio de Janeiro e de São Paulo”, explicou. Ele mencionou ainda a falta de uma logística de transporte eficiente. “Não é permitido o trânsito da moeda em voos comerciais e a oferta dos cargueiros não é muito boa. Se a demanda é muito grande, você acaba enviando mais remessas e isso compromete, de certa forma, a segurança”, explicou.

Quem precisa comprar dólar no Distrito Federal enfrenta dificuldades para conseguir a moeda americana em espécie. Desde a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em dezembro último, a procura pelo papel-moeda aumentou em todo o país. A taxa pulou de 0,38% para 6,38%, provocando uma queda na demanda por operações no exterior com cartões pré-pagos em aproximadamente dois terços em 2014, como estima a Associação Brasileira de Corretoras de Câmbio (Abracam). Tal fenômeno teve reflexo em várias regiões do Brasil, quando casas de câmbio registraram falta de dólares em espécie. No DF, a situação não é diferente. Pessoas ouvidas pelo Correio relatam dificuldade em comprar grandes quantias e também demora nas negociações. O DF conta com 15 estabelecimento dessa natureza, segundo a Abracam.

Com viagem marcada para Orlando, nos Estados Unidos, em 3 de março, a contadora Leandra Godinho Morais, 37 anos, tentou realizar a compra em um banco em meados de janeiro, mas teve a solicitação negada. Segundo ela, o banco teria informado que não conseguiria repassar a quantia em espécie em tempo hábil. “Procurei logo uma casa de câmbio, mas ela também não dispunha do valor que eu precisava naquele dia. Fiz o pedido em uma quarta-feira, mas só consegui pegar o valor na sexta-feira”, comentou. Acostumada a viajar para o exterior fazendo uso do cartão, a contadora mudou de tática com o aumento do IOF. “Optei por usar dinheiro físico porque, assim, não sairia perdendo. Hoje (ontem), tentei conseguir mais dólares em uma casa de câmbio, mas foi a mesma complicação. Demoraria”, argumentou. Ela vai viajar com um grupo de 19 pessoas e mesmo as que procuraram doleiros testemunham dificuldades em conseguir valores altos.

Para Flávio Basílio, doutor em economia pela Universidade de Brasília e ex-professor da mesma instituição, o problema não é a falta da divisa. “Temos uma reserva internacional forte. Os bancos oficiais têm dólar. Agora, a demanda nas casas de câmbio por moeda física cresceu devido ao diferencial de imposto de 6% na comparação com o cartão pré-pago ou mesmo cartão de crédito. Ocorre que essas instituições não estavam preparadas para essa elevação sazonal”, justificou. Basílio acredita que a situação no DF seja temporária e se deu em função da mudança na conjuntura do país. “Não dá para comparar com o caso que ocorreu na Argentina. Aquele foi um problema de divisas. Aqui, é algo pontual e deve se normalizar em algum tempo”, previu.

O presidente da Associação Brasileira de Corretoras de Câmbio (Abracam), Túlio Ferreira dos Santos, tem opinião diferente. Ele assume o desabastecimento dos estabelecimentos e acredita que o panorama deva persistir. “Como houve um aumento repentino da procura, ocorreu esse problema de moeda em algumas casas, principalmente as localizadas em lugares mais afastados do Rio de Janeiro e de São Paulo”, explicou. Ele mencionou ainda a falta de uma logística de transporte eficiente. “Não é permitido o trânsito da moeda em voos comerciais e a oferta dos cargueiros não é muito boa. Se a demanda é muito grande, você acaba enviando mais remessas e isso compromete, de certa forma, a segurança”, explicou.

Fonte: Correio Braziliense

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