O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido ajustado de R$ 2,424 bilhões no quarto trimestre de 2013, queda de 23,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Pelo critério contábil, a instituição lucrou R$ 3,025 bilhões, uma redução de 23,7%.
O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido ajustado de R$ 2,424 bilhões no quarto trimestre de 2013, queda de 23,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Pelo critério contábil, a instituição lucrou R$ 3,025 bilhões, uma redução de 23,7%.
Analistas consultados pelo Valor já esperavam retração do lucro de outubro a dezembro, com um resultado ajustado da ordem de R$ 2,6 bilhões.
Em 2013 como um todo, o maior banco do país teve lucro ajustado de R$ 10,353 bilhões, queda de 10,2%, e lucro contábil de R$ 15,758 bilhões, o que representa um aumento de 29%. A discrepância nos números é explicada principalmente pelos ganhos com a venda das ações da BB Seguridade, no segundo trimestre, com efeito de R$ 9,82 bilhões sobre o lucro líquido contábil.
A carteira de crédito ampliada, considerando empréstimos no país e no exterior, somou R$ 692,915 bilhões, com crescimento de 6,2% no trimestre e de 19,3% em 12 meses. O destaque ficou por conta das operações voltadas ao agronegócio, enquanto para pessoas físicas o banco não cumpriu a meta de 2013.
Já a carteira de crédito classificada, que exclui títulos e garantias privadas, alcançou R$ 623,4 bilhões ao fim do ao passado, com aumento anual de 18,6% .
A carteira de crédito ampliada de empresas somou R$ 323,2 bilhões, expansão de 19,5% sobre dezembro de 2012. Por sua vez, o saldo de crédito ao agronegócio cresceu 34,1% em 12 meses, alcançando R$ 144,8 bilhões ao fim do ano passado.
A carteira de pessoas físicas teve expansão mais moderada, de 10,6% na comparação com dezembro de 2012, chegando a R$ 168,1 bilhões. O avanço ficou abaixo da meta do banco, que era de crescimento entre 14% e 18%. A instituição justificou que isso ocorreu devido à menor demanda por parte dos clientes, principalmente nas linhas de empréstimo pessoal.
O índice de inadimplência, levando em conta atrasos superiores a 90 dias, ficou em 1,98% no fim do ano passado, ante 1,97% no terceiro trimestre e 2,05% no encerramento de 2012.
Nas últimas semanas, os principais concorrentes privados já apresentaram seus balanços e mostraram que o fantasma da inadimplência está afastado. Itaú Unibanco e Bradesco terminaram dezembro com o menor índice de calote dos últimos cinco anos - de 3,7% e 3,5%, respectivamente. No Santander Brasil, o indicador de 3,7% é o menor desde a fusão com o Banco Real, concluída em 2009.
No ano passado, o Itaú teve lucro de R$ 15,7 bilhões, o Bradesco contou com R$ 12 bilhões e o Santander obteve R$ 2,1 bilhões.