Em protesto contra os altos preços das bebidas alcoólicas em bares e restaurantes de Brasília moradores do Distrito Federal se uniram e foram às ruas para garantir um encontro mais barato. A ideia do chamado “isoporzinho” surgiu no Rio de Janeiro e ganhou adeptos em Brasília. Nada muito complicado. Um grupo se reúne, compra as bebidas em supermercados, coloca em um isopor com gelo e elege um espaço público para a diversão.
Em protesto contra os altos preços das bebidas alcoólicas em bares e restaurantes de Brasília moradores do Distrito Federal se uniram e foram às ruas para garantir um encontro mais barato. A ideia do chamado “isoporzinho” surgiu no Rio de Janeiro e ganhou adeptos em Brasília. Nada muito complicado. Um grupo se reúne, compra as bebidas em supermercados, coloca em um isopor com gelo e elege um espaço público para a diversão.
O “Isoporzinho Brasília” surgiu em uma página do Facebook. Na manhã de ontem cerca de 15 pessoas se reuniram no Eixão do Lazer, na altura da 105 Sul, para se manifestar contra o que classificam como lucro exorbitante de empresários e comerciantes.
No Eixão Sul, os preparativos para o encontro começaram pontualmente às 11h. O grupo, formado basicamente por jovens, levou bolsas térmicas, isopores, churrasqueiras e até piscinas infláveis, abastecidas por um caminhão-pipa, para aproveitar o evento.
Economia
Segundo os integrantes do movimento, os preços considerados mais abusivos são os das cervejas long neck, que em alguns locais custam entre R$ 10 e R$ 15. O chope de 300 mililitros sai a R$ 7,50 e o litro de cerveja passa e muito de R$ 5 em alguns estabelecimentos.
No encontro de ontem, o grupo comprou uma caixa de cerveja com 12 latas a R$ 22. Outros preferiram a unidade das latinhas, vendidas em supermercados ao preço de R$ 1,49.
Os amigos Enos Kuhlmann, 32 anos, e Paulo Otávio Araújo, de 32, aderiram ao movimento no Eixão Sul. Enos destaca que alguns preços de cervejas e bebidas alcoólicas afastam o público do comércio do DF. “Um chope de 300 ml que custa R$ 7,50 é muito diferente de uma latinha que a gente compra por R$ 1,49”, afirma.
Diversão e descontração
O momento também foi de diversão e descontração. O analista de ciência e tecnologia Fabiano Borga Guimarães, de 33 anos, assumiu a churrasqueira do evento. Para ele, o problema de Brasília é a alta concentração de servidores públicos.
“Os preços estão muito altos para a demanda de mercado. Os valores aumentam cada vez mais e o problema é que os servidores públicos acabam pagando pelo que é oferecido, mas os preços pesam no bolso”, avalia.
Até mesmo o indiano, de Nova Deli, Deepak Raykwar, de 25 anos, que mora em Brasília há dois meses, reclamou dos valores exorbitantes. “Tudo é muito caro. Para sair você precisa ter muito dinheiro porque as coisas não são vendidas com preços acessíveis”, conta.
“Além de ser um protesto é uma forma de a gente se divertir e reunir as pessoas em um espaço de lazer”, destaca a consultora em habitação Rita Cruz.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília