Um não quer nem falar sobre o assunto. O outro conta em detalhes a violência sofrida, mas pede sigilo do nome. Ambos são taxistas que caíram nas mãos de criminosos no Distrito Federal. “Não usei o dispositivo de segurança, que é desconfiar até da pulga”, resumiu a primeira vítima de roubo para, logo em seguida, se desculpar por não querer relembrar os momentos de horror e desligar o telefone. Em vigor desde a última terça-feira, a Lei Distrital nº 5.283 poderá aumentar a segurança dos cerca de 6 mil taxistas da cidade. Por exigência da norma, os profissionais estão, agora, obrigados a parar nas barreiras e nos postos policiais a partir das 20h. A polícia, por sua vez, fará a identificação do motorista e dos passageiros, além de pegar informações sobre o destino da corrida.
A legislação é comemorada pelo diretor do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do DF (Sinpetax-DF), Sérgio Aureliano. Ele diz que essa era uma reivindicação antiga da categoria. “Mas como é nova, estamos pedindo que os comandos da PM se programem. Eles precisam estar a postos. Se a gente estiver em perigo, com um bandido dentro do carro e, se não tiver policial para mandar parar, tenho que passar direto. Não posso correr o risco de parar por conta própria e pedir ao PM para fazer a vistoria”, explica Aureliano.
Apesar da ressalva, o dirigente sindical acredita que a legislação deve inibir a ação de criminosos contra os profissionais. A esperança é de que os bandidos também evitem usar o táxi para cometer crimes, uma vez que correm o risco de serem pegos com armas dentro dos veículos. O sindicato da categoria estima, em pelo menos 50, o número de vítimas de assalto ao longo do ano passado. Mas reconhece que nem todos os casos foram registrados, pois, muitas das vítimas preferem não fazer a queixa por medo. A Secretaria de Segurança Pública diz não ter estatísticas de roubos ou furtos contra taxistas. Os dados são gerais, por natureza de crime e não por categoria de vítima.
Medo
Pedro (nome fictício), 58 anos, foi esfaqueado por um criminoso que se passou por cliente. A cicatriz na pele o faz se lembrar diariamente do medo da morte. “Pela vontade da minha família, eu nunca mais trabalharia num táxi. Mas não tem jeito. Preciso do serviço”, lamenta. Passados dois meses do crime, ele ainda não retomou a rotina de trabalho. “Eu geralmente virava a noite de sexta e de sábado. Mas, depois disso, nunca mais”, conta.
Um não quer nem falar sobre o assunto. O outro conta em detalhes a violência sofrida, mas pede sigilo do nome. Ambos são taxistas que caíram nas mãos de criminosos no Distrito Federal. “Não usei o dispositivo de segurança, que é desconfiar até da pulga”, resumiu a primeira vítima de roubo para, logo em seguida, se desculpar por não querer relembrar os momentos de horror e desligar o telefone. Em vigor desde a última terça-feira, a Lei Distrital nº 5.283 poderá aumentar a segurança dos cerca de 6 mil taxistas da cidade. Por exigência da norma, os profissionais estão, agora, obrigados a parar nas barreiras e nos postos policiais a partir das 20h. A polícia, por sua vez, fará a identificação do motorista e dos passageiros, além de pegar informações sobre o destino da corrida.
A legislação é comemorada pelo diretor do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do DF (Sinpetax-DF), Sérgio Aureliano. Ele diz que essa era uma reivindicação antiga da categoria. “Mas como é nova, estamos pedindo que os comandos da PM se programem. Eles precisam estar a postos. Se a gente estiver em perigo, com um bandido dentro do carro e, se não tiver policial para mandar parar, tenho que passar direto. Não posso correr o risco de parar por conta própria e pedir ao PM para fazer a vistoria”, explica Aureliano.
Apesar da ressalva, o dirigente sindical acredita que a legislação deve inibir a ação de criminosos contra os profissionais. A esperança é de que os bandidos também evitem usar o táxi para cometer crimes, uma vez que correm o risco de serem pegos com armas dentro dos veículos. O sindicato da categoria estima, em pelo menos 50, o número de vítimas de assalto ao longo do ano passado. Mas reconhece que nem todos os casos foram registrados, pois, muitas das vítimas preferem não fazer a queixa por medo. A Secretaria de Segurança Pública diz não ter estatísticas de roubos ou furtos contra taxistas. Os dados são gerais, por natureza de crime e não por categoria de vítima.
Medo
Pedro (nome fictício), 58 anos, foi esfaqueado por um criminoso que se passou por cliente. A cicatriz na pele o faz se lembrar diariamente do medo da morte. “Pela vontade da minha família, eu nunca mais trabalharia num táxi. Mas não tem jeito. Preciso do serviço”, lamenta. Passados dois meses do crime, ele ainda não retomou a rotina de trabalho. “Eu geralmente virava a noite de sexta e de sábado. Mas, depois disso, nunca mais”, conta.
Fonte: Correio Braziliense