Volatilidade ainda desafia emergentes

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A normalização da política monetária nos países avançados representa um grande desafio para a economia global, podendo causar aumento na volatilidade dos fluxos de capitais para os países emergentes, adverte o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo que os juros longos e as taxas de câmbio já embutam em parte o processo de redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos, deve haver "movimentos complexos de capitais" entre os países por algum tempo, disse o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, que também ressaltou a ameaça de deflação nos países avançados.

A normalização da política monetária nos países avançados representa um grande desafio para a economia global, podendo causar aumento na volatilidade dos fluxos de capitais para os países emergentes, adverte o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo que os juros longos e as taxas de câmbio já embutam em parte o processo de redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos, deve haver "movimentos complexos de capitais" entre os países por algum tempo, disse o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, que também ressaltou a ameaça de deflação nos países avançados.

Segundo Blanchard, economias emergentes com "arranjos macroeconômicos fracos" devem ser as mais afetadas por eventual instabilidade nos fluxos capitais. Para ele, o fato de ter havido pouca reação nos mercados à decisão do Fed de começar a reduzir as compras de ativos não quer dizer que tudo vá ocorrer de modo tranquilo. "Os capitais vão sair de alguns países, e os países que tiverem políticas macroeconômicas fracas deverão ter um momento difícil", afirmou ele.

Nesse cenário, há necessidade de os emergentes "administrarem os riscos de potencial reversão dos fluxos de capitais", afirma o relatório. Segundo o FMI, economias com fraquezas domésticas e com déficits em conta corrente mais elevados parecem especialmente expostos. As fragilidades externas do Brasil aumentaram no ano passado, com o déficit em conta corrente superando US$ 81 bilhões em 12 meses, ou 3,7% do PIB.

Blanchard considera que o Fed não parece inclinado a promover uma saída prematura da política monetária acomodativa, avaliando como "razoáveis" o arranjo de política monetária e o timing de redução dos estímulos. O FMI espera que o juro básico nos EUA deve começar a subir em 2015.

O risco de deflação também preocupa o FMI, que vê probabilibidade de 10% a 20% de essa ameaça se concretizar na zona do euro. Blanchard lembrou do círculo vicioso que a deflação pode causar, ao elevar o peso das dívidas, aumentar os juros reais, deprimir a demanda, derrubar o crescimento e provocar mais queda de preços.

Nesse cenário, ele instou o Banco Central Europeu (BCE) a fazer o possível para sustentar a demanda e manter a inflação em território positivo. Segundo ele, isso requer política monetária acomodativa, promoção da união bancária e avaliação dos balanços de bancos.

Fonte: Valor econômico

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