Com alta dos juros, operação de arbitragem volta a ficar atrativa

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Diante da expectativa de continuidade do ciclo de aumento da taxa básica de juros, elevada a 10,5% ao ano na semana passada, alguns bancos começam a ver oportunidades de ganhos pontuais com operações de "carry trade" com o real - em que os investidores tomam empréstimos em moedas de países com juros muito baixos para aplicar em moedas com taxas mais altas.

Diante da expectativa de continuidade do ciclo de aumento da taxa básica de juros, elevada a 10,5% ao ano na semana passada, alguns bancos começam a ver oportunidades de ganhos pontuais com operações de "carry trade" com o real - em que os investidores tomam empréstimos em moedas de países com juros muito baixos para aplicar em moedas com taxas mais altas.

Com a elevação de 0,5 ponto percentual na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Brasil passou a ter a terceira maior taxa nominal de juros, atrás apenas da Venezuela e da Argentina, tornando mais atrativas as operações de arbitragem com o real.

Na sexta-feira, a Nomura Securities destacou em relatório que vê oportunidade na compra da moeda brasileira versus o peso chileno, cujo banco central tem sinalizado a possibilidade de reduzir a taxa básica de juros, hoje em 4,5% ao ano, para estimular o crescimento econômico.

A estratégia sugerida pela Nomura consiste na venda de dólar ante ao real e na compra da moeda americana contra o peso chileno por meio de contrato a termo sem entrega física de moeda (NDF, Non-Deliverable Forward) de um mês. O retorno esperado com a operação é de 4% por ano.

Já o BNP Paribas recomendou encerrar a estratégia de posição vendida em real contra o peso mexicano, que vinha mantendo desde meados de outubro, caso se confirmem dois cenários: o real fechar acima de 5,65 pesos mexicanos ou se manter em torno de 5,50 pesos nas próximas duas semanas. "Continuamos com a meta original de médio prazo, de 5,00 pesos mexicanos por real, mas preferimos encontrar uma estratégia mais barata para essa posição", afirmam Gabriel Gersztein, Thiago Alday e James Z. Hao, em relatório.

Os estrategistas reconhecem que, levando-se em conta os fundamentos, a estratégia mais acertada ainda é vender reais. Mas avaliam que as intervenções do Banco Central no câmbio oferecem suporte à moeda brasileira.

A perspectiva de entrada de recursos direcionados à renda fixa e de ingresso de captações externas recentes levou o dólar a encerrar a semana passada em queda de 0,80%, acumulando perda de 0,47% no ano. Na sexta-feira, o dólar recuou 0,85%, cotado a R$ 2,3460.

Fonte: Valor econômico

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