Vilões da saúde não só durante o verão

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As altas temperaturas do verão estão castigando os brasilienses nos últimos dias. Desde o início da semana passada, os termômetros da cidade vêm marcando, em média, 32 °C. Com tanto sol, nada mais natural do que aproveitar o dia ao ar livre. Contudo, é preciso estar atento à radiação solar, que causa danos à saúde. Na capital, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os índices de raios ultravioleta chegam a condições extremas, atingindo, quase o ano inteiro, a escala acima de 11, da medição que varia entre 1 e 14. 

As altas temperaturas do verão estão castigando os brasilienses nos últimos dias. Desde o início da semana passada, os termômetros da cidade vêm marcando, em média, 32 °C. Com tanto sol, nada mais natural do que aproveitar o dia ao ar livre. Contudo, é preciso estar atento à radiação solar, que causa danos à saúde. Na capital, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os índices de raios ultravioleta chegam a condições extremas, atingindo, quase o ano inteiro, a escala acima de 11, da medição que varia entre 1 e 14. 

“O DF tem radiação alta o ano todo porque fica perto da linha do Equador. Ou seja, o índice chega a mais de 12 não só no verão. Essa radiação é considerada nociva nos 365 dias do ano, até nos meses de inverno, o que é considerado extremo”, alerta    o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia. 

 Por isso, o especialista salienta a necessidade de proteção da pele e dos olhos. “É importante usar bloqueador ou protetor solar o ano todo, não apenas no verão. E ingerir bastante líquido para manter o nível de água na célula. As pessoas só lembram de usar protetor solar na praia, e o correto é usar o ano todo. Outra solução importante são óculos escuros”, diz. 

Índices

 Para calcular os níveis de radiação, são levados em conta a concentração de ozônio, a posição geográfica, a altitude da superfície, a hora do dia, a estação do ano, as condições atmosféricas e o tipo de superfície. Quem  explica é Glauce Ideão, chefe da Gerência de Vigilância Ambiental de Fatores Não Biológicos da Secretaria de Saúde. 

“Ao analisar  esses fatores, percebe-se que especialmente no DF não basta  se proteger do sol nos horários das 10h às 16h, mas a qualquer momento, inclusive nos dias nublados”, frisa a especialista, acrescentando que os dados são da OMS.

 Vale ainda lembrar que a exposição exagerada ao sol causa também envelhecimento precoce e, inclusive, pode ser responsável por algumas doenças nos olhos, como a catarata. “Brasília é uma cidade muito clara. E isso irrita os olhos. Por isso,  é interessante  andar  sempre com óculos escuros na bolsa”, reforça. 

Glauce esclarece   que o fator do filtro, necessário todos os dias, depende da cor da pele. “Existe muita polêmica em cima disso, mas o ideal é a partir de 30 para adultos  e 60 para bebês e crianças muito clarinhas”. 

 Segundo ela, por conta dos altos índices de raios ultravioletas registrados na região, a Secretaria de Saúde iniciou no ano passado estudo para verificar se o DF possui elevados registros de câncer de pele. “Estamos buscando essa informação com o pessoal da área de oncologia para ver se  a incidência   é maior aqui do que no restante do Brasil. A ideia, se isso for confirmado, é propor medidas de saúde para reduzir a taxa e fazer mais estudos na área”, indica.

Saiba Mais

O forte calor   provocou aumento de 32% nas vendas de aparelhos de ar-condicionado no comércio, segundo o Sindivarejista. Em razão do cenário, algumas lojas pedem prazo para a entrega. Os preços oscilam entre R$ 480 e R$ 1,5 mil, dependendo da  potência.

Também   houve aumento de 15% nas vendas de   hidratantes   corporais. Aproveitando as férias, muitos brasilienses têm ido aos clubes  e usam os cremes para proteger a pele.

 

Descuido é comum

Basta   um rápido passeio pela cidade para flagrar alguns brasilienses  que esquecem da importância do protetor solar no dia a dia. “Eu passei protetor  porque vim   tomar sol, mas durante os dias normais não passo. Acho que não é muito usual a gente fazer isso”, confessa a estudante Bruna de Souza, 17 anos. Ela e os pais foram ao Parque   Água Mineral aproveitar os dias de folga.

 No mesmo local, o militar Alan Jaques Santos, 30 anos, dormiu debaixo do sol, esquecendo o tempo ideal para a exposição. “Sempre faço isso. Adoro sol”, confessa. Contudo, o rapaz diz que não sabia do índice de radiação solar na região. 

Bebês

 Entre a criançada, Vitor, de oito meses, tomava seu ligeiro banho de sol. Segundo sua mãe, Veruska Silva, 34, antes de um ano “os pediatras não indicam o uso de protetor solar, mas proíbem a exposição ao sol por mais de cinco minutos”. Por isso, completa a servidora pública, “ele toma sol de leve. Venho um pouco e depois volto para a sombra”, explica. 

Já Veruska tem que proteger a pele e se orgulha de ter passado protetor fator 30. “Além do chapéu e muita água”, lembra.

LOTADO

A  Água Mineral tem ficado lotada nos últimos dias. Por isso, a administração do espaço pede aos usuários que, nesta época do ano, de alta temporada e férias, eles cheguem mais cedo ao clube. A medida busca evitar filas e transtornos, já que ao atingir o limite de duas mil pessoas  (o que tem ocorrido por volta das 10h), o parque fecha os portões.

A administração do parque orientou ainda  que os usuários levem refeições, pois as lanchonetes   não estão funcionando. Apenas uma das piscinas, a mais antiga e maior delas, está aberta. (Colaborou Ludmila Rocha)

 

Escala

Para verificar qual será a incidência de raios UV antes mesmo de sair de casa, basta acessar o site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe):  satelite.cptec.inpe.br/uv. Confira os níveis:

 

Verde - Baixo (1 e 2)

Dica:  Não precisa se proteger

 

Amarelo - Moderado (3, 4 e 5)

Dica:  Óculos de sol e protetor solar

 

Laranja -  Alto (6 e 7)

Dica:  Utilizar óculos de sol com filtro UV. Se estiver na praia ou for praticar atividades físicas, pode ainda usar boné ou chapéu e protetor solar. Também é importante proteger as crianças, evitando de expô-las ao sol. 

 

Vermelho -  Muito alto (8, 9 e 10)

Dica: Óculos de sol com filtro UV. Se estiver na praia ou for praticar atividades físicas, pode ainda usar boné ou chapéu, protetor solar, guarda-sol e muita água para beber. Também é importante proteger as crianças, evitando de expô-las ao sol. 

 

Roxo - Extremo (11, 12, 13 e 14)

Dica: Evitar o máximo possível a exposição ao sol. Procure uma sombra, caso esteja em parques e clubes. Se der, fique em casa, descanse. Se for trabalhar, não esqueça do bloqueador solar e beba muita água durante o dia.

 

Fonte: Jornal de Brasília 

 

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