Porto Alegre - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou ontem que a autoridade monetária poderá tomar outras medidas para conter a inflação, reiterando, porém, que se mantém cauteloso devido à permanência de incertezas em relação aos preços. "Ações foram tomadas, mas é plausível afirmar que outras poderão ser necessárias. Para decidir sobre isso, o Banco Central irá acompanhar a evolução do cenário econômico", disse ele, durante palestra em Porto Alegre.
Porto Alegre - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou ontem que a autoridade monetária poderá tomar outras medidas para conter a inflação, reiterando, porém, que se mantém cauteloso devido à permanência de incertezas em relação aos preços. "Ações foram tomadas, mas é plausível afirmar que outras poderão ser necessárias. Para decidir sobre isso, o Banco Central irá acompanhar a evolução do cenário econômico", disse ele, durante palestra em Porto Alegre.
Tombini reiterou que já houve um ajuste na política monetária por meio da comunicação do BC com o mercado, atitude que já provocou elevação dos juros ao tomador final de crédito. A cautela em relação aos próximos passos deve-se, segundo ele, à persistência de incertezas inflacionárias. "O Banco Central tem comunicado à sociedade sua preocupação com o nível e a resistência da inflação nos últimos meses. Não obstante, dadas às incertezas remanescentes, tem atuado com cautela", disse.
Um dos dados a ser observado é o resultado do IPCA de março, que será divulgado nesta quarta-feira. Todas as estimativas são de que a inflação oficial deve ultrapassar o teto da meta, de 6,5%.Se isso acontecer, o estouro virá antes do previsto pelo BC, que informou, no Relatório Trimestral de Inflação, que os preços em 12 meses chegariam a 6,7% apenas no segundo trimestre.
Apostas
O mercado tem discutido qual será o momento em que a Selic - hoje na mínima histórica de 7,25% ao ano - será elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A maioria das apostas está concentrada na reunião de maio, mas alguns investidores não descartam a elevação já no encontro da próxima semana.
Tombini afirmou ainda que a economia brasileira deve ter crescimento ao ritmo anualizado de 4% no primeiro trimestre deste ano e que o investimento, provavelmente, também registrou expansão no mesmo período. "A expectativa do mercado aponta para um crescimento em 2013 ao redor de 3%", acrescentou. "A demanda doméstica continua sendo o principal suporte da economia. A expansão moderada do crédito, a geração de empregos e a ampliação da renda continuam estimulando o consumo das famílias", disse. O presidente do BC observou ainda que as intervenções no câmbio servem para fazer com que o mercado funcione adequadamente. Sobre o cenário externo, ele voltou a reiterar que as incertezas permanecem. "A perspectiva continua sendo de baixo crescimento por um período prolongado para a economia global", disse.
Fonte: Agência ANABB