A melhora da eficiência no Banco do Brasil passa, prioritariamente, pelo aumento do volume de negócios com a base de clientes, incluindo crédito e outros serviços. "Nossa maior eficiência vem do atendimento e da exploração da base de clientes. Quanto maior produtividade nas agencias, maior a eficiência para o banco", afirmou o diretor de controladoria, Sandro Marcondes.
A melhora da eficiência no Banco do Brasil passa, prioritariamente, pelo aumento do volume de negócios com a base de clientes, incluindo crédito e outros serviços. "Nossa maior eficiência vem do atendimento e da exploração da base de clientes. Quanto maior produtividade nas agencias, maior a eficiência para o banco", afirmou o diretor de controladoria, Sandro Marcondes.
Essa compensação por volume das operações recebeu a ajuda do programa "Bom pra Todos", iniciado em abril. Com a propaganda de juros mais baixos, a instituição conseguiu captar 1 milhão de novos clientes e, além disso, 3 milhões de clientes fizeram novas operações de empréstimos - a maior parte consignado e crédito salário.
O índice de eficiência é a relação entre despesas e receitas de uma instituição e quanto menor, melhor. No caso do Banco do Brasil, essa relação piorou e chegou a 46,8% no terceiro trimestre do ano, ante 44,9% em igual período do ano passado.
Com a queda dos juros e redução dos spreads (diferença entre a taxa de captação de um banco e o juro efetivamente paga pelo cliente), os bancos brasileiros acabam trabalhando com margens menores. Par compensar isso, a saída tem sido ser mais eficiente, o que inclui revisar despesas e aumentar os volumes das operações. No entanto, Marcondes afirma que reduzir despesas ligadas às operações do banco é mais difícil. "O gasto é inevitável. Tentamos controlar ao máximo com ações que são perenes."
Para o vice-presidente de atacado, Paulo Rogério Caffarelli, esse é um tema que terá que ser enfrentado por todos os bancos. "Há uma redução dos spreads mas no nosso caso há um aumento de volume para compensar. Outro ponto é melhorar a eficiência, rever os processos internos. Estamos no momento de reinventar os bancos. Os bancos vão ter que atacar a eficiência operacional", conclui.
Na linha de reduzir despesas, a instituição tem na manga 16 mil funcionários que estão próximos a aposentadoria, de um total de 114 mil colaboradores. Há a possibilidade de parte dessas vagas não serem repostas. No entanto, o gerente geral de Relações com Investidores, Gustavo Santos, afirma que a dificuldade para fazer isso não é regulatória. "Temos que ver onde é possível abrir mão desses funcionários. Temos uma restrição operacional para fazer isso."
Caffarelli afirmou que o banco continua interessado em expandir suas operações para o exterior e que avalia, principalmente, os mercados do Peru, Chile e Colômbia.
A operação externa do BB responde por 7,8% do lucro recorrente do banco. Antes da expansão iniciada em 2009, era de 1%.
FONTE: Brasil Econômico