Perspectiva para nota de bancos brasileiros é estável, avalia Fitch

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A perspectiva para os ratings do setor bancário brasileiro em 2014 é estável, mas as instituições lidam com um ambiente econômico mais fraco, com efeitos negativos sobre suas margens e sobre a qualidade dos seus ativos, diz a agência de classificação de risco de crédito Fitch. 

A perspectiva para os ratings do setor bancário brasileiro em 2014 é estável, mas as instituições lidam com um ambiente econômico mais fraco, com efeitos negativos sobre suas margens e sobre a qualidade dos seus ativos, diz a agência de classificação de risco de crédito Fitch. 

Em relatório sobre o setor, a agência diz que a perspectiva estável para os ratings das instituições em 2014 reflete sua visão de que os desafios enfrentados pelos bancos já são considerados nos seus ratings atuais. “Ao mesmo tempo, vemos uma tendência negativa para o setor por esperarmos a manutenção de uma fraca performance econômica doméstica em 2014, com pressão sobre as margens dos bancos e a qualidade dos seus ativos”, diz o texto.

“Apesar deste cenário negativo, a maior parte dos bancos brasileiros privados administrou de forma conservadora o crescimento do crédito e a liquidez, enquanto os bancos públicos mantiveram um crescimento mais acelerado guiado pelas políticas contracíclicas do governo”, disse o diretor da Fitch para a área de instituições financeiras, Robert Stoll, no relatório.

Segundo a agência, os seis maiores bancos brasileiros, responsáveis por cerca de 80% dos ativos do setor, devem permanecer sólidos do ponto de vista financeiro em 2014. A Fitch também espera que os bancos de médio e pequeno portes tenham uma performance satisfatória ao lidar com os desafios de funding e da concentração de mercado de seus modelos de negócio em 2014. 

“Apesar disso, as taxas de inadimplência no setor como um todo devem permanecer em níveis elevados em 2014”, diz o texto. Um controle mais rígido das carteiras de maior risco e a esperada continuidade da mudança no mix de crédito dos bancos de grande porte para segmentos de risco mais baixo deve continuar a trazer algum alívio, segundo a Fitch.

“Bancos públicos são mais vulneráveis a uma maior inadimplência em razão do crescimento significati vo do crédito nos últimos dois anos. Bancos menores, com grande concentração no segmento de pequenas e médias empresas, também são mais vulneráveis”, afirma o relatório.

Para a agência, as recentes elevações da taxa básica de juros, com o objetivo de manter a inflação sob controle, tiveram efeito misto nos bancos. “Ao mesmo tempo em que colaboram para elevar o potencial de lucratividade, as taxas de juros mais altas podem ter impacto sobre a habilidade dos tomadores de crédito de honrar seus compromissos com os bancos”, diz o texto. 

A agência lembra que as regras de Basileia 3 começam a ser adotadas aos poucos e que 2014 será parte do período de preparação até a adoção total das novas normas, prevista para 2019. A Fitch diz esperar que o impacto das novas regras sobre os bancos brasileiros seja “substancial” a partir de 2015, em termos de maior exigência de capital, emissão de títulos híbridos ou de dívida subordinada, ou eventual necessidade de desalavancagem para enquadramento nas normas mais recentes.

Fonte: Valor Econômico

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