Inflação ao consumidor mostra alguma resistência, diz Hamilton, do BC

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A inflação ao consumidor no Brasil continua relativamente elevada, mostrando alguma resistência, segundo Carlos Hamilton Araújo, diretor de Política Econômica do Banco Central (BC). Hamilton participou de um evento em Vitória, no Espírito Santo, sobre cenário doméstico e internacional do Banestes.  

A inflação ao consumidor no Brasil continua relativamente elevada, mostrando alguma resistência, segundo Carlos Hamilton Araújo, diretor de Política Econômica do Banco Central (BC). Hamilton participou de um evento em Vitória, no Espírito Santo, sobre cenário doméstico e internacional do Banestes.  

“Nos últimos meses, houve continuidade do ciclo de ajuste das condições monetárias de alta de juros iniciada em abril”, afirmou Hamilton.

O diretor afirmou que o BC vê algumas taxas de inflação menores agora do que em novembro do ano passado. Disse que o pico do IPCA, por exemplo, aconteceu em junho, relatando que os principais motivos dessa alta foram a depreciação cambial e a elevação dos preços das commodities nos mercados internacionais. 

No Brasil, Hamilton afirmou que também se observou uma elevação nos preços de commodities agrícolas (alimentos in natura). 

A boa notícia, segundo o diretor do BC, é que já se percebe uma “exaustão natural” dos efeitos da inflação crescente a partir do segundo semestre do ano passado e que as ações do Banco Central, como a alta nos juros e o programa de intervenção no mercado cambial, somadas, contribuíram para reduzir a inflação nos últimos meses.

Quanto ao cenário externo, Hamilton afirmou que a transição em andamento na economia global — Estados Unidos começando a evoluir para a redução da política monetária expansionista, a Europa saindo da recessão e começando a crescer, ainda que timidamente — gera riscos para a estabilidade financeira internacional. “E esses riscos advêm da forte inclinação da [curva de] taxas de juros dos países desenvolvidos, principalmente dos EUA”, afirmou.

Apesar de uma moderação recente, o consumo das famílias continua a crescer no Brasil, continuando a ser a alavanca do crescimento do país, afirmou Hamilton.

O diretor do BC avalia, como ponto positivo da dinâmica da demanda doméstica brasileira, o fato de que o comprometimento da renda das famílias com o serviço da dívida tem recuado recentemente. “Isso porque as famílias estão tomando crédito em linhas mais baratas e as taxas de juros estão mais baixas”, afirmou ele.

Segundo ele, apesar de uma alta recente nas taxas de juros dos créditos bancários às pessoas físicas e jurídicas, reflexo do ciclo de ajuste monetário do BC, a inadimplência tem diminuído. “Isso traz conforto para os bancos continuarem empresanto e expandindo a oferta de crédito”, disse.

Hamilton disse também que a confiança do empresário brasileiro, que vinha em tendência de deterioração, já começa a se recuperar. No segmento de serviços, ressalta ele, a confiança segue elevada.

Fonte: Valor Econômico

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