Mercado aguarda os ajustes do BC no câmbio

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, prometeu ontem aos senadores que "mais para o fim da próxima semana" vai detalhar quais "ajustes" serão feitos na política de oferta de hedge cambial. O aviso vem depois do recado, dado na semana passada, de que o BC "não vai abandonar" o mercado de câmbio em 2014.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, prometeu ontem aos senadores que "mais para o fim da próxima semana" vai detalhar quais "ajustes" serão feitos na política de oferta de hedge cambial. O aviso vem depois do recado, dado na semana passada, de que o BC "não vai abandonar" o mercado de câmbio em 2014.

A posição do BC vendida em dólar futuro por meio de swaps atingiu a bagatela de US$ 70 bilhões, tendo crescido praticamente de forma ininterrupta desde o início de junho, quando os leilões foram retomados. Para efeito de comparação, as reservas internacionais, que representam uma posição comprada em dólar no mercado à vista, somavam US$ 375 bilhões, conforme o último dado disponível.

Em vez de apenas rolar os contratos existentes, a posição vendida do BC em dólar futuro cresce praticamente todos os dias com os leilões que realiza. Assim, quando o BC diz que manterá a oferta de hedge ao mercado, mas "com ajustes", é de se perguntar se a entidade não quer sinalizar que, alguma hora, esse bolo pode parar de crescer.

Apenas no dia 1º de novembro a autoridade monetária deixou de rolar parcialmente os contratos e reduziu temporariamente sua posição vendida, data em que a moeda reagiu e teve alta de 2%.

Quando se olha o cronograma de vencimentos, são US$ 7,9 bilhões para 2 de janeiro, US$ 11 bilhões para o início de fevereiro, mais US$ 5,8 bilhões para março e assim por diante. O prazo mais longo de contrato em aberto é outubro de 2014, com posição vendida em US$ 5,8 bilhões.

Se decidisse não rolar os contratos, o efeito equivaleria à compra de moeda. Mas será que o BC vai se arriscar, quando se espera que o Fed comece a tirar os estímulos monetários para a economia?

Pela lógica, ocorreria o contrário, com uma continuidade das vendas. Ou será que a opção será o meio termo, com a manutenção da posição vendida de US$ 70 bilhões, ou um pouco mais do que isso, distribuída ao longo dos meses? Como Tombini prometeu, as novidades vêm na semana que vem.

Fonte: Valor Econômico

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