O mercado de juros futuros da BM&F inicia a semana à espera de indicadores essenciais para o refinamento das apostas em relação ao fim do ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic). Após a surpresa com as alterações no comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado passou a refletir expectativa majoritária de alta final da Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,25%.
O mercado de juros futuros da BM&F inicia a semana à espera de indicadores essenciais para o refinamento das apostas em relação ao fim do ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic). Após a surpresa com as alterações no comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado passou a refletir expectativa majoritária de alta final da Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,25%.
Essa aposta pode ser consolidada nos próximos dias. Amanhã, o IBGE divulga o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, que pode apresentar retração ante o segundo. Embora nos últimos tempos os dados de atividade tenham ficado em segundo plano nas especulações sobre o rumo dos juros, dados fracos podem reforçar estimativa de aperto menor.
Na quinta-feira, as tesourarias vão buscar na ata do Copom - que ganhou ainda mais relevância após a mudança no texto do comunicado - pistas sobre os próximos passos do comitê. Na sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA de novembro, que pode trazer inflação mensal voltando a rodar na casa de 0,60%. Os juros futuros devem refletir o impacto na inflação do reajuste dos preços dos combustíveis (4% para gasolina e 8% para óleo diesel), anunciado na sexta-feira.
Na semana passada, o contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 caiu 0,20 ponto percentual, para 10,67%, com a expectativa de aperto monetário menor. Já o DI para janeiro de 2017 subiu, na semana passada, de 12,09% para 12,20%, refletindo claro aumento da percepção de risco, fruto das preocupações com a inflação e, sobretudo, com as contas públicas.
Fonte: Valor Econômico