Sobra crédito nos bancos para as grandes empresas

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Alguns bancos estão com dinheiro sobrando para oferecer crédito a grandes empresas, mas elas não têm demonstrado interesse em tomá-lo. A falta de demanda atinge também as captações de renda fixa nos mercados local e externo, revelando pouca disposição das companhias para assumir novas dívidas.

Alguns bancos estão com dinheiro sobrando para oferecer crédito a grandes empresas, mas elas não têm demonstrado interesse em tomá-lo. A falta de demanda atinge também as captações de renda fixa nos mercados local e externo, revelando pouca disposição das companhias para assumir novas dívidas.

Executivos de bancos dizem que há menos apetite das empresas para pedir empréstimos e até mesmo para renovar os que estão vencendo. "As companhias não necessitam mais tomar tantos recursos. Agora, o que estão fazendo são investimentos pontuais", afirma João Consiglio, vice-presidente do Santander Brasil. "As empresas seguraram os gastos ao longo deste ano", diz Paulo Cesar Souza, diretor da área de atacado do HSBC.

Nos últimos anos, muitas companhias fizeram grandes investimentos, acreditando em um crescimento maior da economia, que não veio. Ao mesmo tempo, a expansão do crédito no país e a farta liquidez internacional levaram boa parte das empresas a antecipar suas necessidades de financiamento.

Levantamento feito pelo Valor Data com 227 companhias de capital aberto mostra que, na média, o caixa dessas empresas cresceu 135,92% no terceiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2012, enquanto a dívida bruta avançou 39,25%. Parte dessa elevação do endividamento se deve ao efeito da desvalorização do real sobre compromissos em moeda estrangeira. Esse conjunto de empresas fechou setembro com caixa de R$ 209,7 bilhões e dívida líquida de R$ 631,3 bilhões.

"As companhias estão reduzindo suas dívidas ou captando para trocar por dívidas mais baratas", afirma o diretor de gestão e finanças corporativas do Bank of America Merrill Lynch (BofA), Maurício Tancredi. "Dinheiro que poderia estar sendo captado para investimentos não está [tendo procura]."

No ano, até outubro, os novos empréstimos privados de médio e longo prazos representaram apenas 71% das amortizações, bem abaixo da média do mesmo intervalo de 2012, de 161%. No mercado interno, as emissões de debêntures e outros títulos de renda fixa também estão mais fracas após um 2012 excepcional. O volume captado no período caiu 22%, para R$ 81,4 bilhões.

Fonte: Valor Econômico

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