Diante de divergências ainda existentes entre Ministério da Fazenda e Petrobras, o governo Dilma Rousseff decidiu cancelar a reunião do conselho de administração da estatal agendada para sexta-feira (22), quando seria discutida a criação de um mecanismo de reajuste automático para a gasolina e o diesel.
Diante de divergências ainda existentes entre Ministério da Fazenda e Petrobras, o governo Dilma Rousseff decidiu cancelar a reunião do conselho de administração da estatal agendada para sexta-feira (22), quando seria discutida a criação de um mecanismo de reajuste automático para a gasolina e o diesel.
A nova data para o encontro, a princípio, deve ser o dia 28 de novembro, quando o governo pode decidir a concessão de um reajuste para os dois combustíveis, que entraria em vigor ainda neste ano.
Segundo a Folha apurou, caso se confirmem as novas expectativas de que a inflação de novembro ficará menor do que a estimada nas últimas semanas, o governo deve aproveitar o espaço para conceder o aumento reivindicado pela Petrobras.
Ainda não está definido, porém, se o próximo reajuste já será dentro da nova regra ou não. Existe a possibilidade de o aumento ser concedido e a nova fórmula entrar em vigor em 2014.
A diretoria da Petrobras chegou a aprovar uma metodologia de reajuste automático da gasolina e do diesel, mas a fórmula não foi chancelada pelo conselho de administração da estatal, mais precisamente pelo seu presidente, o ministro Guido Mantega (Fazenda).
Mantega não gostou do modelo e pediu ajustes no mecanismo na reunião do conselho de administração ocorrida em 25 de outubro. Ele ficou, inclusive, irritado com a forma que a diretoria da estatal conduziu o processo, que acabou sendo divulgado publicamente em comunicado ao mercado.
A interlocutores, o ministro disse que a empresa deveria ter tornado público o assunto apenas depois de uma decisão de governo sobre a nova metodologia.
O comunicado ao mercado divulgado na época dizia que a "diretoria-executiva deliberou sobre uma metodologia de precificação a ser praticada pela companhia", que foi "apresentada ao conselho de administração, que determinou a elaboração de simulações adicionais e estabeleceu o prazo de 22 de novembro para sua consideração".