Desde a escola aprendi que para escrever bem tem que ler bastante. Procuro fazer a minha parte, lendo tudo o que encontro sobre educação financeira, variando fontes, pesquisando. Tem muita gente boa, séria e competente falando sobre o assunto. Aprendo e incorporo algumas novidades e as melhores práticas. Compartilho o que mais gosto. Algumas vezes, apesar de respeitar a opinião alheia, discordo. Faz parte! Mas acho salutar o contraditório.
Não são poucos os especialistas que, buscando formas de orientar a economia doméstica, sugerem não levar crianças ao mercado na hora de fazer compras. Lembrei-me novamente daquela anedota do sofá: adianta trocar o sofá da sala? Será que essa é a melhor alternativa?
Quem tem filhos consumistas, desacostumados a ouvir não ou acostumados a ter seus desejos de consumo atendidos a tempo e a hora talvez precise antes de levar os filhos ao mercado repensar a educação que está sendo dada a eles, inclusive a deficiência de educação financeira.
Nos demais casos, pelo contrário! É salutar levar as crianças ao mercado, pelo menos de vez em quando. Isso, claro, depois de os pais fazerem a lição de casa – orientação e bons exemplos sempre. Crianças aprendem com o que ouvem, mas muito mais com o que observam.
Em idas ao supermercado os filhos poderão perceber melhor a realidade econômica e financeira da família e do país. Ao participarem da confecção da lista de compras perceberão o quanto se gasta com itens invisíveis aos olhos de quem não paga as contas da casa. Na comparação de preços, embalagens, marcas e produtos concorrentes ou substitutos verão o quanto podem variar os preços e o quanto as boas escolhas fazem diferença no orçamento doméstico. Na escolha dos estabelecimentos verão que a comodidade da quitanda na esquina custa caro e que compras no atacado podem ser boas fontes de economia, apesar dos serviços menos glamorosos. Comparando folhetos verão o quanto variam os preços e como os supermercados anseiam pelo nosso rico dinheirinho. Que as tentações são maiores do que as possibilidades de satisfazê-las. Que temos que cuidar bem do nosso dinheiro para manter o orçamento sob controle.
As horas que a família passa junta, indo e vindo das compras, escolhendo produtos, enchendo o carrinho e guardando as compras, em muitos casos representam o mais longo tempo que pais e filhos passam juntos o mês inteiro, o que por si só já justificaria a ida ao supermercado.
Surgirão dúvidas, sugestões e assuntos que ajudarão na educação financeira da família toda. E todos se conhecerão melhor. O modo como cada um lida com o dinheiro diz muito do seu jeito de ser. O aprendizado que as crianças acumularão certamente as tornará adultos melhor preparados para lidar com suas finanças e com as contas da casa.
Mas e as famílias que têm crianças pidonas? Fácil! Passe a elas o direito e o dever de escolher. Estabeleça um limite, cinco, dez, vinte reais, e deixe que comprem o que quiserem. Terão que pesquisar preços e marcas. Precisarão fazer escolhas. Tomar decisões. Terão que fazer contas. Aprenderão a conviver com limites, escolhas, prioridades. Valorizarão o que escolherem. Terão quer abrir mão de algumas coisas para poder comprar outras. Experimentarão decisões e limitações de adultos para suas necessidades de crianças.
Mas precisam participar também das compras para a casa. Muitos pais irão se surpreender com as promoções que elas vão encontrar, com as novas marcas que vão descobrir, com os produtos que vão sugerir. Com os questionamentos que vão apresentar. Isso é válido. É educação financeira. E, nesse assunto, nada melhor do que a experimentação, a vivência. Acho que se aprende e ensina-se muito mais em uma ida ao mercado do que em algumas tentativas nem sempre felizes de abordar o assunto por meio de teorias e metodologias que brotam nas páginas de livros sobre o assunto.
Os meus filhos? Levo-os comigo ao mercado muitas vezes, desde pequeno. Às vezes gostam, outras não. Mas quase sempre aprendem alguma coisa a mais sobre educação financeira. Eu também.
Além de educação financeira, a família pode ser surpreendida com algo assim. Já pensou, privar seus filhos de uma oportunidade dessas?
Desde a escola aprendi que para escrever bem tem que ler bastante. Procuro fazer a minha parte, lendo tudo o que encontro sobre educação financeira, variando fontes, pesquisando. Tem muita gente boa, séria e competente falando sobre o assunto. Aprendo e incorporo algumas novidades e as melhores práticas. Compartilho o que mais gosto. Algumas vezes, apesar de respeitar a opinião alheia, discordo. Faz parte! Mas acho salutar o contraditório.
Não são poucos os especialistas que, buscando formas de orientar a economia doméstica, sugerem não levar crianças ao mercado na hora de fazer compras. Lembrei-me novamente daquela anedota do sofá: adianta trocar o sofá da sala? Será que essa é a melhor alternativa?
Quem tem filhos consumistas, desacostumados a ouvir não ou acostumados a ter seus desejos de consumo atendidos a tempo e a hora talvez precise antes de levar os filhos ao mercado repensar a educação que está sendo dada a eles, inclusive a deficiência de educação financeira.
Nos demais casos, pelo contrário! É salutar levar as crianças ao mercado, pelo menos de vez em quando. Isso, claro, depois de os pais fazerem a lição de casa – orientação e bons exemplos sempre. Crianças aprendem com o que ouvem, mas muito mais com o que observam.
Em idas ao supermercado os filhos poderão perceber melhor a realidade econômica e financeira da família e do país. Ao participarem da confecção da lista de compras perceberão o quanto se gasta com itens invisíveis aos olhos de quem não paga as contas da casa. Na comparação de preços, embalagens, marcas e produtos concorrentes ou substitutos verão o quanto podem variar os preços e o quanto as boas escolhas fazem diferença no orçamento doméstico. Na escolha dos estabelecimentos verão que a comodidade da quitanda na esquina custa caro e que compras no atacado podem ser boas fontes de economia, apesar dos serviços menos glamorosos. Comparando folhetos verão o quanto variam os preços e como os supermercados anseiam pelo nosso rico dinheirinho. Que as tentações são maiores do que as possibilidades de satisfazê-las. Que temos que cuidar bem do nosso dinheiro para manter o orçamento sob controle.
As horas que a família passa junta, indo e vindo das compras, escolhendo produtos, enchendo o carrinho e guardando as compras, em muitos casos representam o mais longo tempo que pais e filhos passam juntos o mês inteiro, o que por si só já justificaria a ida ao supermercado.
Surgirão dúvidas, sugestões e assuntos que ajudarão na educação financeira da família toda. E todos se conhecerão melhor. O modo como cada um lida com o dinheiro diz muito do seu jeito de ser. O aprendizado que as crianças acumularão certamente as tornará adultos melhor preparados para lidar com suas finanças e com as contas da casa.
Mas e as famílias que têm crianças pidonas? Fácil! Passe a elas o direito e o dever de escolher. Estabeleça um limite, cinco, dez, vinte reais, e deixe que comprem o que quiserem. Terão que pesquisar preços e marcas. Precisarão fazer escolhas. Tomar decisões. Terão que fazer contas. Aprenderão a conviver com limites, escolhas, prioridades. Valorizarão o que escolherem. Terão quer abrir mão de algumas coisas para poder comprar outras. Experimentarão decisões e limitações de adultos para suas necessidades de crianças.
Mas precisam participar também das compras para a casa. Muitos pais irão se surpreender com as promoções que elas vão encontrar, com as novas marcas que vão descobrir, com os produtos que vão sugerir. Com os questionamentos que vão apresentar. Isso é válido. É educação financeira. E, nesse assunto, nada melhor do que a experimentação, a vivência. Acho que se aprende e ensina-se muito mais em uma ida ao mercado do que em algumas tentativas nem sempre felizes de abordar o assunto por meio de teorias e metodologias que brotam nas páginas de livros sobre o assunto.
Os meus filhos? Levo-os comigo ao mercado muitas vezes, desde pequeno. Às vezes gostam, outras não. Mas quase sempre aprendem alguma coisa a mais sobre educação financeira. Eu também.
Além de educação financeira, a família pode ser surpreendida com algo assim. Já pensou, privar seus filhos de uma oportunidade dessas?
Fonte: Agência ANABB