Educação Financeira se aprende

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Todos têm condição de aprender a gerenciar as finanças, garante o professor Emerson Cruz (), mestre em ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador em educação e tecnologia, atuando no Brasil e nos Estados Unidos, com mais de 20 anos de experiência.

Todos têm condição de aprender a gerenciar as finanças, garante o professor Emerson Cruz (), mestre em ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador em educação e tecnologia, atuando no Brasil e nos Estados Unidos, com mais de 20 anos de experiência.

“A educação financeira não é uma questão de talento nato. Na sociedade existe uma ideia de que há pessoas que nasceram com talento para as finanças, e não é assim. O capitalismo é uma escola econômica, e, como tal, há técnicas. É possível aprender rotinas e disciplinas que permitem a busca por uma melhor performance”, garante.

Matemática e psicologia
O professor explica que o gerenciamento do dinheiro não é uma questão puramente matemática, pois também há um importante fator psicológico envolvido. Ele cita como exemplo o temor de algumas pessoas em conferir o próprio extrato bancário quando sabem que estão no vermelho. Para ele, é preciso encarar de frente todas as situações que envolvem a gestão do dinheiro.

“O passo fundamental é a consciência de que isso é necessário. Em seguida, devemos procurar leituras e orientações, colocando em cena nossa determinação”, afirma. “Você tem condição de aprender. A questão é estar comprometido com seu sucesso. E, para ter estabilidade, é preciso buscar informações”, complementa.

Emerson Cruz lembra, ainda, que as questões que envolvem aprendizado e evolução são comuns a todos os seres humanos – e em relação às finanças isso não é diferente. Assim como aprimoramos o vocabulário ao ler um livro, também ganhamos conhecimento em gestão de finanças ao acompanhar discussões e treinamentos sobre o tema, por exemplo.

Projeto de Lei
O tema está ganhando importância no Brasil. Existe, por exemplo, um Projeto de Lei em tramitação no Congresso Nacional propondo a inclusão da educação financeira no currículo escolar dos ensinos Fundamental e Médio. A proposta prevê que o tema integre o currículo da disciplina de matemática, mas especialistas defendem que o tema seja discutido de forma transversal, ou seja, incluído em diversas disciplinas.

Algumas iniciativas já são tratadas na rede privada de ensino, já que as instituições, no caso, têm maior flexibilidade no currículo. A empresa de consultoria Dsop Educação Financeira já atende mais de 500 escolas particulares em todo o Brasil, capacitando professores e oferecendo material didático. A ação já chegou, também, a algumas escolas municipais de Goiânia (GO), Vitória (SP) e municípios do estado de São Paulo.

“As escolas privadas têm mais facilidade por não terem rede, e há concorrência. Elas, então, buscam oferecer atividades variadas. As escolas públicas têm redes muitas vezes extensas. Quando vamos para os estados, eles já têm a predisposição de ter educação financeira, mas nos municípios fica mais fácil, por ser uma rede menos extensa que a estadual e a federal”, explica o consultor da Dsop Reinaldo Domingos. 

Estratégia nacional
Outra iniciativa que está sendo discutida pelo poder público é a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef). Criada por decreto do governo federal em 2010, a estratégia foi testada desde o ano seguinte, com bons resultados. A experiência prevê, por exemplo, um grupo de profissionais e acadêmicos que discute a validação de materiais pedagógicos de educação financeira elaborados para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

“As crianças são muito observadoras e cedo começam a perceber que o dinheiro tem uma força. Assim, a partir da percepção deste entendimento, que ocorre normalmente por volta dos três anos, já deve ter início (a educação financeira). Frequentemente elas veem os adultos entregarem dinheiro, cartões, cheques em vários locais em troca de mercadorias. Ao mesmo tempo, crianças e jovens estão expostos às mensagens publicitárias que estimulam o desejo de ter. São duas forças importantes que movimentam a sociedade e, portanto, precisam ser bem compreendidas”, conclui Reinaldo Domingos.

Fonte: Previ 

 

 

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