Uma extensa pesquisa divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde (MS) revela dados alarmantes sobre o avanço do sobrepeso e da obesidade no Brasil. Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 51% dos brasileiros com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. Os dados foram levantados em 2012. Na mesma pesquisa realizada em 2006, o índice era de 43%. O estudo mostra que a taxa de sobrepeso é maior entre os homens (54%, contra 48% das mulheres).
Uma extensa pesquisa divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde (MS) revela dados alarmantes sobre o avanço do sobrepeso e da obesidade no Brasil. Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 51% dos brasileiros com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. Os dados foram levantados em 2012. Na mesma pesquisa realizada em 2006, o índice era de 43%. O estudo mostra que a taxa de sobrepeso é maior entre os homens (54%, contra 48% das mulheres).
O índice de obesidade também cresceu, passando a 17% (em 2006 era de 11%). Nesse caso, o número de mulheres é mais alto que o de homens (18% e 16%, respectivamente). Vale lembrar que obesidade e sobrepeso são definidos a partir do Índice de Massa Corporal (IMC). O cálculo é feito dividindo o peso (em quilogramas) pela altura ao quadrado (em metros). Quem tem IMC de 25 a 30 está acima do peso, quem tem acima de 30 está obeso.
“A hora é agora”
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os dados são um alerta. Segundo ele, a sociedade deve se organizar para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no Brasil. “Os dados mostram que a hora é agora. O conjunto da sociedade, com familiares, colegas de trabalho e agentes de governo deve tomar medidas necessárias. Se não agirmos agora, corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como dos Estados Unidos. Por isso, temos que agir fortemente", disse.
Para agir é preciso atacar em diversas frentes. Uma delas, claro, é a alimentação. E as perspectivas são positivas, dado o envelhecimento contínuo da população brasileira. Segundo a Vigitel, em 2012 as pessoas com mais de 65 anos revelaram menor consumo de carne com gordura do que aqueles entre 18 e 24 anos (27% contra 48%, respectivamente). O consumo de refrigerante – outro vilão – também é menor entre os idosos (12% deles declararam consumir regularmente a bebida, contra 36% dos mais jovens).
Exercícios
Também é preciso dedicação a atividades físicas. Nesse caso, os jovens estão com melhores índices. Entre as pessoas com idades de 18 a 24 anos, 47% se exercitam regularmente. Na faixa entre 35 e 44 anos, por exemplo, esse índice já cai para 31%. Para chegar aos números, a pesquisa Vigitel 2012 entrevistou 45 mil pessoas nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.
Com o alerta lançado, os brasileiros devem procurar mudar os hábitos para atingir os níveis ideais de peso. Entretanto, é preciso ter atenção para evitar o risco de cair em promessas milagrosas de emagrecimento. Com mais de 15 anos de experiência, a nutricionista Lia Viana, que atua em Brasília (DF), explica que dietas que prometem perda de peso em poucos dias, por exemplo, podem causar prejuízos à saúde, como anemia e anorexia, além do chamado efeito sanfona – quando a pessoa emagrece e, em seguida, retoma o peso.
Estilo de vida
Uma dica simples para emagrecimento é se alimentar, ao menos, a cada três horas. Dessa forma é mantido o equilíbrio e o organismo não precisa buscar em outras fontes os nutrientes necessários. Após muito tempo sem comer, a pessoa tende, ainda, a exagerar na próxima refeição.
"As pessoas estão em busca de uma fórmula, um segredo, uma maneira mais rápida de perder peso em busca da estética e do bem-estar. Mas o que é preciso é mudar a consciência da população. O importante não é simplesmente perder peso, a perda de peso tem de ser consequência da mudança do estilo de vida", conclui.