Recuo do dólar faz defasagem do preço da gasolina cair a 12%

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A defasagem do preço da gasolina no Brasil em relação às cotações internacionais está menor, abrindo uma "janela" para o aumento dos combustíveis com menor impacto na inflação, segundo analistas.

A defasagem do preço da gasolina no Brasil em relação às cotações internacionais está menor, abrindo uma "janela" para o aumento dos combustíveis com menor impacto na inflação, segundo analistas.

A diferença, que chegou a 27% em agosto, ficou, na média, em 12% em outubro, segundo estimativa da consultoria CBIE feita a pedido da Folha. As causas são o recuo recente do dólar e o menor consumo de gasolina no hemisfério norte, especialmente nos EUA, por causa do inverno na região.

A maioria das consultorias prevê um reajuste de 6% ainda este ano, antes da introdução de nova fórmula de cálculo do preço dos combustíveis, proposta pela Petrobras e em estudo pelo conselho da empresa.

A direção da estatal, apurou a Folha, defende um reajuste agora.

A defasagem menor e o fato de a inflação dos alimentos ter caído propiciaria o aumento, já que o impacto na inflação seria menor.
meio a meio

Para Elson Teles, do Itaú, um aumento de 6% nas refinarias da Petrobras (sua projeção) vai resultar num impacto de 4% no preço na bomba dos postos.

Outro fator que ajuda a conter o peso da alta da gasolina é o aumento da proporção de álcool misturado ao derivado de petróleo, de 20% para 25%, em um momento no qual os preços do etanol estão em queda graças à maior safra de cana.

Teles crê na possibilidade de o aumento vir no meio de dezembro. Assim, parte do impacto ficará na inflação deste ano e outra parcela na de janeiro de 2014.
Adriana Molinari, da Tendências, estima aumento de 7% entre novembro e dezembro, o que levaria a alta de 4,3% ao consumidor.

NOVA REGRA

A metodologia em negociação com o governo prevê reajuste automático, baseado em fatores como o preço internacional, taxa de câmbio e a origem do produto (nacional, de menor custo, ou importado).

Para a Petrobras, é uma "questão de sobrevivência". Ainda mais depois que a nota de risco de sua dívida foi rebaixada e colocada sob perspectiva negativa, o que potencialmente amplia o custo da empresa em tomar novos empréstimos.

Desde fevereiro de 2010, a Petrobras vende o derivado de petróleo abaixo da cotação internacional -e amarga perda de receita com essa situação.

Teles afirma que o estabelecimento de tetos e pisos para o repasse dos preços internacionais é uma forma de reduzir a volatilidade dos preços e o impacto na inflação e deveria constar da fórmula em discussão entre a Petrobras e o governo.

Dois fatores podem atrapalhar o uso da nova metodologia: o câmbio, que tende a oscilar mais no próximo ano com a possível valorização do dólar, e as eleições presidenciais. "Nenhum governo quer um reajuste às vésperas da eleição", diz diz Adriano Pires, sócio da CBIE.

Fonte: Folha de São Paulo 

 

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