Negócio bilionário para os bancos públicos - e que agora quer ser disputado também pelas instituições financeiras privadas -, a exclusividade no recebimento dos depósitos judiciais, que somam um total de R$ 135 bilhões no país, representa um incentivo considerável para os resultados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Negócio bilionário para os bancos públicos - e que agora quer ser disputado também pelas instituições financeiras privadas -, a exclusividade no recebimento dos depósitos judiciais, que somam um total de R$ 135 bilhões no país, representa um incentivo considerável para os resultados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Fazer a conta exata não é fácil, mas pelos critérios contábeis de cada banco o produto teria rendido muito menos para o Banco do Brasil do que para a Caixa, que em um dos cenários teria 40% do lucro antes dos impostos garantido por essa fonte de captação.
Um cálculo simples mostra que, entre 2009 e 2012, o BB ganhou R$ 8 bilhões e a Caixa, R$ 3,4 bilhões com esse "duopólio", que remunera seus depositantes por uma taxa semelhante à da poupança e permite ganho com a diferença entre esse custo e a Selic para os bancos oficiais.
No universo total de captação de quase R$ 2 trilhões dos cinco maiores bancos do país, com correntistas e investidores, os R$ 135 bilhões dos depósitos judiciais não deveriam provocar distorções relevantes. Mas do ponto de vista das instituições privadas, além de ser um tipo de funding mais barato em termos de remuneração, também não exige grandes esforços comerciais dos dois bancos.
Fonte: Valor Econômico