Anualmente, o Brasil registra dez mil casos de linfoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por ano, quatro mil pacientes morrem por conta desse tipo de câncer. Entretanto, o linfoma tem tratamentos bem sucedidos e, com um diagnóstico precoce, as chances de sobrevivência aumentam consideravelmente.
Anualmente, o Brasil registra dez mil casos de linfoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por ano, quatro mil pacientes morrem por conta desse tipo de câncer. Entretanto, o linfoma tem tratamentos bem sucedidos e, com um diagnóstico precoce, as chances de sobrevivência aumentam consideravelmente.
O câncer atinge o sistema linfático, especialmente os gânglios. Ele também pode aparecer em tecidos linfáticos no estômago, pele e sistema nervoso central. Nem sempre ele apresenta sintomas, portanto é importante fazer check-ups no médico com frequência.
Segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), alguns dos principais sintomas são o crescimento de gânglios, especialmente na região das axilas e pescoço, febre, suor noturno, perda de peso e coceira na pele. Mas a existência desses sintomas não limita o diagnóstico a um linfoma, podendo ser doenças infecciosas ou virais.
A coordenadora do Serviço de Hematologia e do Transplante de Medula Óssea do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, Yana Novis, indica que ao perceber esses sinais de alerta, o paciente deve procurar um médico. “Quanto mais precoce, menos doença tiver no organismo, maior a chance de cura”, explica.
Tipos de linfoma
Entretanto, é bom ficar atento aos diferentes tipos do câncer. “Nem todo linfoma tem o mesmo tratamento, portanto é importante que se faça um diagnóstico detalhado”, diz Yana. A identificação é feita por meio de uma biópsia do tecido suspeito, o qual é submetido por uma análise preliminar. Depois, outros exames definirão o subtipo.
A principal divisão é entre o linfoma de Hodgkins e Não-Hodgkins. Os primeiros aparecem em um tipo de célula linfoide conhecido como célula de Reed-Sternberge; os segundos são mais comuns e podem surgir em outras células do sistema linfático.
O tratamento consiste geralmente em quimioterapia, radioterapia ou ambas. Segundo a ABHH, a terapia que mais aumenta a chance de cura e qualidade na sobrevida é a quimioterapia associada ao uso de anticorpos monoclonais.
Para a médica do Sírio-Libanês, é importante ressaltar que o tratamento é muito bem sucedido. “Temos, inclusive, exemplos de pessoas públicas que tiveram diagnósticos de linfoma e foram curadas”, diz. Entre elas está a presidente Dilma Rousseff e o ator Reynaldo Gianecchini, ambos diagnosticados com Linfoma de Não-Hodgkins. Yana também destaca que os novos tratamentos e drogas têm colaborado e aumentado os índices de cura.