Senadores defendem cancelamento do leilão do Campo de Libra

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Os senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) criticaram o governo federal por decidir leiloar o campo petrolífero de Libra, localizado na camada pré-sal da Bacia de Santos (SP). O leilão está marcado para hoje.

Os senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) criticaram o governo federal por decidir leiloar o campo petrolífero de Libra, localizado na camada pré-sal da Bacia de Santos (SP). O leilão está marcado para hoje.

Para Requião, trata-se de “um dos maiores crimes de lesa-pátria prestes a ser cometido pelas autoridades brasileiras”. Ele disse que não houve debates e que o Exército foi convocado para impedir manifestações contrárias.

— Estão nos sonegando a oportunidade do debate. É um comportamento semelhante ao de Pinochet [ditador chileno] — disse.

Ele pediu que os internautas, por meio das redes sociais, denunciem  o “entreguismo” do petróleo brasileiro.

Como ressaltou, a Petrobras não participará do leilão, e em troca receberá R$ 15 bilhões em adiantamentos apenas para compor o superávit primário.

Requião, Randolfe e Pedro Simon (PMDB-RS) tomaram duas atitudes: deram entrada numa ação popular na Justiça Federal pedindo a suspensão do leilão e apresentaram um projeto de decreto legislativo para impedir o negócio (PDS 203/2013). Segundo Requião, o relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Eduardo Braga (PMDB-AM), “levou o projeto para casa e não devolveu”, o que, como destacou, impediu os debates sobre a real ­necessidade de a Petrobras abrir mão da exploração do campo de petróleo.

— Não nos omitimos. Fizemos o que tínhamos que fazer. Mas o Senado designar três comissões para examinar o projeto e o relator negando contraditório e impossibilitando discussão é uma coisa inusitada que mostra que o Senado está doente.

Randolfe afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) foi impedido de fiscalizar o edital do leilão e questionou a “pressa” para concretização do negócio.

— Para que a pressa da exploração? Qual a crise energética que temos? A ditadura da pressa da exploração é para atender aos interesses das multinacionais do petróleo — acusou.

Espionagem

O senador apresentou outro argumento contrário à realização do leilão: a espionagem internacional na Petrobras. Na opinião dele, é uma “temeridade manter o leilão diante da revelação de que o banco de dados do nosso petróleo foi violado pela agência americana NSA”.

Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que presidia a sessão plenária na sexta-feira, manifestou a impressão sobre o slogan criado na época da fundação da Petrobras:

— Getúlio [Vargas] disse “o petróleo é nosso” quando fundou a empresa. Parece que isso mudou.

Fonte: Jornal do Senado 

 

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