Apenas 16% do DF conta com serviço de coleta seletiva do lixo

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Apenas cinco regiões administrativas, das 31 que compõem o Distrito Federal, contam com um programa de coleta seletiva de lixo. Para estender o serviço a todo o DF, no último dia 27 de setembro, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) abriu licitação com o objetivo de contratar empresas interessadas em fazer a coleta. Para isso, o Distrito Federal foi dividido em quatro lotes e cada um deles será atendido por uma empresa diferente. Os nomes das vencedoras deverão ser divulgadas ainda neste mês e os trabalhos estão previstos para começar já em novembro.

Em 1996, Brazlândia foi a primeira cidade do DF a contar com um programa de coleta seletiva. Depois foi a vez do Lago Norte, Cruzeiro, Asa Sul e Norte (quadras 100, 200, 300 e 400) e algumas quadras do Lago Sul (Península e QI 17).

Para o diretor do SLU, Gastão Ramos, a maior dificuldade enfrentada para implantar o serviço vem da resistência encontrada na própria população. "Por mais que o governo desenvolva os projetos e ofereça os equipamentos necessários, se não houver um engajamento da população não existe coleta seletiva. Ela começa dentro da nossa casa", explica o diretor, que pretende transformar o DF em referência no assunto sustentabilidade.

É certo que é preciso uma maior conscientização da população, no entanto, os brasilienses têm dado sinais de preocupação ambiental. Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente constatou que 83% dos moradores do DF apoiam a coleta seletiva e desejariam contar com o serviço.

No Brasil
Dados da pesquisa Ciclosoft, feita em 2012 pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) comprovam que dois anos após o marco da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é possível ver avanços na reciclagem brasileira. O presidente da organização, Victor Bicca Neto, comemora. "Os números surpreendem pelas evoluções apresentadas, como o aumento das cidades com coleta seletiva e a quantidade de brasileiros que passaram a ter acesso ao serviço. A aprovação da PNRS, em 2010, com certeza contribuiu para essa melhora", diz. Segundo o executivo, isso mostra que o Brasil está no caminho certo para o seu desenvolvimento sustentável. "Precisamos manter o ritmo, pois ainda há muito que fazer", emenda.

Papel e papelão continuam sendo os materiais reciclados mais coletados (em peso). Em seguida vêm os plásticos, vidros, metais e longa vida. O número de rejeitos, entretanto, registrou aumento de 30%. Os responsáveis pela pesquisa acreditam que esse aumento se deve a falta de informação à população sobre como separar os materiais recicláveis dos resíduos orgânicos.

A coleta seletiva
A coleta seletiva consiste na separação do lixo orgânico do inorgânico, ou seja, do lixo seco e do resíduo úmido. Todo o material que pode ser reaproveitado é separado do lixo composto por restos de frutas, verduras e outros alimentos. Essa separação pode ser feita em residências, empresas, locais públicos, aeroportos. Só então é realizada a coleta pelo serviço de limpeza da cidade ou a entrega voluntária em pontos de coleta (como é o caso de eletroeletrônicos que não podem ser despejados diretamente no lixo comum, por conter resíduos perigosos).

Posteriormente, é feita a separação nas centrais de triagem pelos profissionais que geralmente são catadores que integram as cooperativas. Neste local, o material é organizado e vendido para ser reciclado.

Um exemplo
O condomínio Vivendas Bela Vista, no Grande Colorado, em Sobradinho faz a coleta seletiva e reciclagem do lixo há 14 anos. Segundo Conrado Rosa Júnio, responsável pelo trabalho, os 3,5 mil moradores das 727 residências aderiram ao processo.

No entanto, até chegar a esse resultado houve resistência. %u201CA primeira dificuldade foi ensinar os moradores a separar o lixo dentro de casa, a conscientizar%u201D, contou Conrado. Todo o processo, desde o recolhimento do lixo, até a compostagem é feito pelo condomínio, com a ajuda de 11 funcionários que ficam por conta deste trabalho.

Como forma de estímulo, a administração do Bela Vista premia os moradores que fazem corretamente a seleção dos materiais, com dois pacotes de húmus - camada superior do solo, composta especialmente de matéria vegetal decomposta ou em decomposição - que é usado nas plantações e hortas do local.

Todo material coletado é vendido para uma empresa particular. O ganho mensal gira em média de R$ 3 mil. Mas o custo para fazer esse trabalho sustentável não é barato. Os gastos ficam em R$ 25 mil por mês, valor dividido entre os moradores do condomínio. 

Apenas cinco regiões administrativas, das 31 que compõem o Distrito Federal, contam com um programa de coleta seletiva de lixo. Para estender o serviço a todo o DF, no último dia 27 de setembro, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) abriu licitação com o objetivo de contratar empresas interessadas em fazer a coleta. Para isso, o Distrito Federal foi dividido em quatro lotes e cada um deles será atendido por uma empresa diferente. Os nomes das vencedoras deverão ser divulgadas ainda neste mês e os trabalhos estão previstos para começar já em novembro.

Em 1996, Brazlândia foi a primeira cidade do DF a contar com um programa de coleta seletiva. Depois foi a vez do Lago Norte, Cruzeiro, Asa Sul e Norte (quadras 100, 200, 300 e 400) e algumas quadras do Lago Sul (Península e QI 17).

Para o diretor do SLU, Gastão Ramos, a maior dificuldade enfrentada para implantar o serviço vem da resistência encontrada na própria população. "Por mais que o governo desenvolva os projetos e ofereça os equipamentos necessários, se não houver um engajamento da população não existe coleta seletiva. Ela começa dentro da nossa casa", explica o diretor, que pretende transformar o DF em referência no assunto sustentabilidade.

É certo que é preciso uma maior conscientização da população, no entanto, os brasilienses têm dado sinais de preocupação ambiental. Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente constatou que 83% dos moradores do DF apoiam a coleta seletiva e desejariam contar com o serviço.

No Brasil
Dados da pesquisa Ciclosoft, feita em 2012 pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) comprovam que dois anos após o marco da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é possível ver avanços na reciclagem brasileira. O presidente da organização, Victor Bicca Neto, comemora. "Os números surpreendem pelas evoluções apresentadas, como o aumento das cidades com coleta seletiva e a quantidade de brasileiros que passaram a ter acesso ao serviço. A aprovação da PNRS, em 2010, com certeza contribuiu para essa melhora", diz. Segundo o executivo, isso mostra que o Brasil está no caminho certo para o seu desenvolvimento sustentável. "Precisamos manter o ritmo, pois ainda há muito que fazer", emenda.

Papel e papelão continuam sendo os materiais reciclados mais coletados (em peso). Em seguida vêm os plásticos, vidros, metais e longa vida. O número de rejeitos, entretanto, registrou aumento de 30%. Os responsáveis pela pesquisa acreditam que esse aumento se deve a falta de informação à população sobre como separar os materiais recicláveis dos resíduos orgânicos.

A coleta seletiva
A coleta seletiva consiste na separação do lixo orgânico do inorgânico, ou seja, do lixo seco e do resíduo úmido. Todo o material que pode ser reaproveitado é separado do lixo composto por restos de frutas, verduras e outros alimentos. Essa separação pode ser feita em residências, empresas, locais públicos, aeroportos. Só então é realizada a coleta pelo serviço de limpeza da cidade ou a entrega voluntária em pontos de coleta (como é o caso de eletroeletrônicos que não podem ser despejados diretamente no lixo comum, por conter resíduos perigosos).

Posteriormente, é feita a separação nas centrais de triagem pelos profissionais que geralmente são catadores que integram as cooperativas. Neste local, o material é organizado e vendido para ser reciclado.

Um exemplo
O condomínio Vivendas Bela Vista, no Grande Colorado, em Sobradinho faz a coleta seletiva e reciclagem do lixo há 14 anos. Segundo Conrado Rosa Júnio, responsável pelo trabalho, os 3,5 mil moradores das 727 residências aderiram ao processo.

No entanto, até chegar a esse resultado houve resistência. %u201CA primeira dificuldade foi ensinar os moradores a separar o lixo dentro de casa, a conscientizar%u201D, contou Conrado. Todo o processo, desde o recolhimento do lixo, até a compostagem é feito pelo condomínio, com a ajuda de 11 funcionários que ficam por conta deste trabalho.

Como forma de estímulo, a administração do Bela Vista premia os moradores que fazem corretamente a seleção dos materiais, com dois pacotes de húmus - camada superior do solo, composta especialmente de matéria vegetal decomposta ou em decomposição - que é usado nas plantações e hortas do local.

Todo material coletado é vendido para uma empresa particular. O ganho mensal gira em média de R$ 3 mil. Mas o custo para fazer esse trabalho sustentável não é barato. Os gastos ficam em R$ 25 mil por mês, valor dividido entre os moradores do condomínio. 

Fonte: Correio Braziliense

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