Dados de consumo, emprego e produção de veículos sugerem leve melhora no PIB

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Os analistas do mercado financeiro continuam elevando as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Ontem, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a mediana de estimativas do mercado para o aumento do PIB em 2013 subiu de 2,40% para 2,47% entre a semana passada e a atual. Há um mês, as previsões estavam em 2,35%.

Os analistas do mercado financeiro continuam elevando as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Ontem, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a mediana de estimativas do mercado para o aumento do PIB em 2013 subiu de 2,40% para 2,47% entre a semana passada e a atual. Há um mês, as previsões estavam em 2,35%.

Mesmo com os dados de atividade tendo acabado com "qualquer esperança" de um número positivo para o PIB no terceiro trimestre, dificilmente a expansão da economia na média de 2013 ficará abaixo de 2,5%, avalia Luis Otavio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil. Segundo ele, caso a atividade tenha avanço nulo na segunda metade do ano, o PIB terá alta de 2,5% em 2013. Essa é a projeção do ABC para o crescimento no ano, que está em viés de alta.

"O quarto trimestre precisa mostrar nenhuma recuperação para o PIB crescer menos de 2,5% em 2013. Acho a projeção do BC conservadora", disse Leal. Na semana passada, em seu relatório trimestral de inflação, a autoridade monetária reduziu sua projeção para o crescimento da economia de 2,7% para 2,5% em 2013.

O economista-chefe do ABC observa que há sinais mistos de atividade no terceiro trimestre: os indicadores de confiança apontam pessimismo e a produção industrial ficou estável em agosto, após retração forte em julho, mas, por outro lado, a Anfavea, que representa as montadoras, mostrou que mesmo com estoques elevados, a produção de veículos subiu em setembro, enquanto o mercado de trabalho continua indicando alta da renda e criação de vagas, ainda que em ritmo menor.

O ABC estima que o PIB vai encolher 0,2% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, feito o ajuste sazonal, mas, de acordo com Leal, alguns fatores devem evitar retração maior da atividade, como aumento da exportação de veículos à Argentina e a evolução positiva do consumo das famílias.

A revisão para cima na mediana de projeções para PIB em 2013 reflete não somente a incorporação de um resultado acima do esperado no segundo trimestre, mas também dados de atividade um pouco "menos piores" do que o imaginado nos últimos meses. A avaliação é de Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners, para quem a economia terá expansão de 2,57% este ano.

Após avanço de 1,5% na passagem do primeiro para o segundo trimestre, feito o ajuste sazonal, o PIB vai encolher nos três meses encerrados em setembro, afirma Velho, mas essa retração não será tão forte como parte do mercado chegou a prever. Em suas estimativas, a atividade vai recuar 0,15% no período. Segundo o economista, diversos fatores sugerem que o pior momento para a atividade ficou para trás, tais como o estancamento da queda da confiança de empresários e consumidores, dados positivos de exportação do setor automotivo, indicadores antecedentes um pouco melhores para a indústria em setembro e sinais de que os segmentos de bens semi e não duráveis não estão "tão ruins assim". "A produção de setembro pode mostrar uma pequena alta, mas nada muito expressivo", diz Velho.

Além de indícios de alguma ligeira reação na indústria, o economista-chefe da INVX aponta que o mercado de trabalho, ainda que em rota de desaquecimento, não piorou tanto conforme o previsto. Ele afirma que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto foi um indicador "razoavelmente bom", ao mostrar geração líquida de 127,6 mil postos de trabalho no mês, assim como a taxa de desemprego, que cedeu para 5,3% no período.

O Focus manutenção das projeções para a inflação e os juros ao fim deste ano. A projeção para a Selic segue em 9,75%, enquanto a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 5,82%.

Fonte: Valor Econômico 

 

 

 

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