“Solto a voz nas estradas/Já não quero parar”. Milton Nascimento deixou de ser um cantor anônimo para tornar-se um artista de massa quando os versos de Travessia, parceria com Fernando Brant, vieram a público no Festival Internacional da Canção, em 1967. Ainda hoje, o compositor mineiro-carioca mantém a mesma intensidade do início na estrada. O show comemorativo de 50 anos de carreira, que passou por Brasília, em junho de 2012, rendeu uma turnê de 100 apresentações pelo mundo. Neste domingo (6/10), acompanhado de Lô Borges e Wagner Tiso, o artista está de volta à capital federal.
“Eu nunca consegui deixar de cantar Travessia, pois, em todos os shows que eu faço, o público não me deixa sair do palco sem essa música. Tenho o mesmo prazer de cantá-la de quando eu tinha 25 anos”, revela o artista ao Correio
“Solto a voz nas estradas/Já não quero parar”. Milton Nascimento deixou de ser um cantor anônimo para tornar-se um artista de massa quando os versos de Travessia, parceria com Fernando Brant, vieram a público no Festival Internacional da Canção, em 1967. Ainda hoje, o compositor mineiro-carioca mantém a mesma intensidade do início na estrada. O show comemorativo de 50 anos de carreira, que passou por Brasília, em junho de 2012, rendeu uma turnê de 100 apresentações pelo mundo. Neste domingo (6/10), acompanhado de Lô Borges e Wagner Tiso, o artista está de volta à capital federal.
“Eu nunca consegui deixar de cantar Travessia, pois, em todos os shows que eu faço, o público não me deixa sair do palco sem essa música. Tenho o mesmo prazer de cantá-la de quando eu tinha 25 anos”, revela o artista ao Correio
Não foi à toa que Milton resolveu batizar a turnê com o nome do sucesso inaugural, e acabou o estendendo ao DVD lançado há cerca de um mês. “O maior desafio foi escolher o repertório. Com quase 400 músicas gravadas, foi missão quase impossível”, conta Milton, que faz 71 anos no próximo dia 26. Lô e Wagner são dois dos parceiros mais importantes dele, e ganharam lugar de destaque na série de shows. Lô, por exemplo, canta O trem azul sozinho no palco. Ano passado, a cantora Simone Guimarães deu uma canja na passagem por Brasília. Milton garante outras novidades como aquela para este domingo.
Três perguntas // Milton Nascimento
Em 1962, você formou com Wagner Tiso o W’s Boys. É verdade que você precisou mudar de nome?
Foi em Alfenas (MG), pouco antes da minha partida para Belo Horizonte. Como quase todos os integrantes do grupo tinham nomes começando com W, decidiram mudar o meu para Wilton. Esse foi um dos períodos mais importantes na minha formação, tanto como músico quanto como pessoa. E o Wagner Tiso tem um papel importantíssimo nessa história, pois já tocávamos juntos muito antes.
No ano passado, você comemorou seu aniversário de 70 anos em Pirenópolis (GO). Como foi?
A maioria dos festivais produzidos no interior tem sido de uma qualidade e sofisticação que nada deixam a desejar aos das grandes capitais. O Festival Canto da Primavera, por exemplo, tem uma estrutura com um padrão comparado somente aos festivais europeus e norte-americanos. Foi uma emoção muito grande fazer esse show lá. Estou pronto para voltar a Pirenópolis, apenas esperando o convite.
Em mais de 50 anos de carreira, há algo que você ainda não tenha feito?
Gosto que minha vida siga o fluxo natural. Tudo que aconteceu foi sem forçar nenhuma barra, desde os convites para gravar nos EUA até os diversos músicos de diferentes países que me procuram propondo parceria. Digo, com toda sinceridade, que estou muito feliz com minha trajetória até aqui, e se mais alguma surpresa estiver reservada para mim, vou aproveitar como se fosse a última vez.
Fonte: Correio Braziliense