O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a defender a eficácia do programa de leilões de swap e oferta de linhas para combater a volatilidade no câmbio e disse que a instituição vai manter sua atuação no mercado.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a defender a eficácia do programa de leilões de swap e oferta de linhas para combater a volatilidade no câmbio e disse que a instituição vai manter sua atuação no mercado.
Em seminário sobre infraestrutura em Nova York, Tombini disse que o programa de leilões está funcionando bem e citou que o real já se valorizou em mais de 10% desde o início da ação. O presidente do BC lembrou o elevado nív el das reservas internacionais brasileiras e afirmou que o ingresso de investimento estrangeiro direto (IED) continu a forte.
Ao final de sua apresentação, o presidente do BC foi questionado sobre qual seria o teto aceitável para a taxa de câmbio. “Não temos um teto quanto ao câmbio, temos uma política. Temos um sistema flutuante de câmbio. Continuamos a acumular reservas e queremos assegurar que o mercado tenha um bom desempenho“, disse.
Durante a apresentação, Tombini já havia qualificado o regime de câmbio flutuante como a primeira l inha de defesa do país no cenário externo, além de destacar as reservas e o próprio programa de leilões. O presidente do BC lembrou que o Brasil já é credor líquido externo em cerca de US$ 80 bilhões e que o déficit em transações correntes é largamente financiado pelos ingressos de IED. “Já reagimos a choques externos, como em 2008, e não vai ser diferente desta vez. Temos bons indicadores”, disse.
Tombini citou que o programa de leilões de swap envolve US$ 100 bilhões até o fim do ano e reafirmo u que não há mudanças em vista. “O Banco Central vai manter atuação no mercado para reduzir a volatilidade cambial”, disse . O programa de leilões cambiais está funcionando bem, voltou a afirmar.
O presidente do BC encerrou sua apresentação dizendo que o BC está otimista com o crescimento econômico do país. “A crise ainda não acabou, mas o Brasil está pronto para superá-la”, disse.
Fonte: Valor Econômico