O Brasil desperdiça R$ 15 bilhões por ano só com energia elétrica que não é aproveitada. Os dados são de um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), que alerta para a necessidade de mudança de comportamento do consumidor.
O Brasil desperdiça R$ 15 bilhões por ano só com energia elétrica que não é aproveitada. Os dados são de um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), que alerta para a necessidade de mudança de comportamento do consumidor.
Segundo o presidente da entidade, José Starosta, o país poderia economizar R$ 6 bilhões anuais se o desperdício nas residências fosse minimizado. E essa conta vai para o bolso do consumidor. Starosta explica que, nas casas, o desperdício poderia ser evitado com medidas simples, como a troca de equipamentos velhos ou em más condições de conservação ou mesmo pelo seguimento das recomendações técnicas dos aparelhos, e também mudanças de hábitos de consumo.
"Alguns exemplos são ar-condicionado funcionando com janelas ou portas abertas, borracha de geladeira ressecada ou com deformação que não permite a vedação correta, instalações e sistemas elétricos com falhas de isolamento ou desatualizados, além do uso de equipamentos pouco eficientes, como lâmpadas incandescentes e chuveiro elétrico", afirma Starosta.
O presidente da Abesco destaca, ainda, que um diagnóstico da instalação é a melhor medida para conhecer as oportunidades de redução de consumo. Em seguida, os potenciais de economia devem ser classificados em termos de viabilidade técnica e econômica, e os ajustes necessários e possíveis devem ser realizados.
Exemplo de gente como a gente
O administrador de empresas Ricardo Campos tinha uma geladeira antiga. "Era quase uma relíquia de família, eu nunca pensei em trocar", conta. Mas, depois de ouvir uma palestra sobre o tema em uma universidade mineira, mudou de postura. "Saí de lá decidido a me desfazer dela. Foi a melhor decisão que tomei", contou.
Com a simples troca do aparelho, Campos passou a economizar, em média, R$ 30 por mês na conta de luz. "Em pouco tempo a geladeira começou a se pagar. Se tivesse feito isso antes, teria economizado muito mais", lembra.
A boa experiência com a geladeira fez com que o administrador buscasse resolver outros problemas. Com ajuda de um técnico especializado, trocou parte da instalação elétrica e outros aparelhos, lâmpadas incandescentes por fluorescentes e o chuveiro elétrico por um modelo a gás.
Entretanto, só as trocas não resolvem a questão. É preciso também mudar os hábitos, como destaca o presidente da Abesco. "Trocar lâmpadas ajuda, mas fundamentalmente a própria rotina de uso ajuda a reduzir, a partir do momento em que as pessoas começam se preocupar com a forma como a roupa e a louça são lavadas, como o aquecedor ou ar-condicionado é usado", conclui Starosta.
Mais PREVI
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