BB tem maior lucro em um 1º semestre da história dos bancos no país

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O lucro líquido contábil de R$ 10,029 bilhões do Banco do Brasil de janeiro a junho deste ano foi a maior cifra para um primeiro semestre registrada na história dos bancos de capital aberto brasileiros, de acordo com um levantamento da Economática. O valor recorde foi positiva e fortemente impactado pela alienação de ações da BB Seguridade, o braço de seguros, previdência aberta e capitalização do Banco do Brasil que abriu capital em abril deste ano.

O lucro líquido contábil de R$ 10,029 bilhões do Banco do Brasil de janeiro a junho deste ano foi a maior cifra para um primeiro semestre registrada na história dos bancos de capital aberto brasileiros, de acordo com um levantamento da Economática. O valor recorde foi positiva e fortemente impactado pela alienação de ações da BB Seguridade, o braço de seguros, previdência aberta e capitalização do Banco do Brasil que abriu capital em abril deste ano.

Em segundo lugar no levantamento da Economática, está o resultado obtido pelo Itaú Unibanco no primeiro semestre deste ano, de R$ 7,23 bilhões.

Nas posições seguintes, Itaú e Banco do Brasil se revezam, com lucros semestrais obtidos nos últimos anos. O Bradesco aparece apenas na sétima posição, com o ganho registrado no primeiro semestre deste ano, de R$ 5,868 bilhões.

Crédito

Em linha com os resultados do segundo trimestre, o Banco do Brasil alterou suas projeções referentes a crédito para este ano. O período de abril a junho foi marcado pelo forte avanço do saldo de empréstimos ao agronegócio e a empresas na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Apesar do crescimento, o ritmo de expansão da carteira de empresas apresentou desaceleração, assim como o de pessoas físicas.

Desta forma, o “guidance” da carteira de crédito ampliada referente apenas às operações no Brasil aumentou de um intervalo de alta entre 16% e 20% para 17% e 21%. Porém, a projeção de expansão da carteira de crédito de pessoas físicas recuou de um avanço entre 18% e 22% para 16% e 20%, ao passo que a da carteira de agronegócio aumentou de 13% a 17% para 22% a 26%.

Já a estimativa de avanço do saldo de empresas aumentou de 16% a 20% para 18% a 22%.

O Banco do Brasil justificou as revisões explicando que há uma elevada demanda principalmente por parte de médios e grandes produtores, com destaque para as linhas de custeio, investimento e agroindústria e antecipação dos recursos para safra agrícola. Com relação às pessoas físicas, o banco nota uma redução da demanda por parte dos clientes, principalmente na linha de crédito pessoal. Por fim, quanto ao financiamento para empresas, o BB aponta que houve expansão da demanda pelas empresas e para operações de investimento em infraestrutura.

De qualquer forma, o novo ‘guidance’ está em linha com os resultados obtidos no segundo trimestre, quando a carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil referente apenas às operações no país avançou 25,8% em 12 meses, totalizando R$ 588,8 bilhões.

O avanço foi impulsionado pelo saldo de empréstimos a pessoas jurídicas, com alta de 28,8% em 12 meses, para R$ 300 bilhões, e ao agronegócio, com aumento de 32,8%, chegando a R$ 127 bilhões. Por sua vez, a carteira referente a pessoas físicas aumentou 15,9%, para R$ 161,55 bilhões.

Vale destacar que houve desaceleração do ritmo de crescimento dos saldos de crédito de pessoas físicas e de empresas na comparação com igual período de 2012. No primeiro trimestre deste ano, essas carteiras tinham registrado expansão em 12 meses de 18,7% e 32,7%, respectivamente.

O Itaú Unibanco e o Bradesco também haviam alterado a meta de expansão do saldo de crédito em 2013. O primeiro reduziu a projeção de um intervalo entre 11% e 14% para 8% e 11%. Já a estimativa do Bradesco passou de alta de 13% a 17% para 11% a 15% tanto no que se refere a pessoas físicas quanto jurídicas.

Margem mais estreita

A mudança de meta projetada (“guidance”) sobre a margem financeira, anunciada nesta segunda-feira pelo Banco do Brasil (BB) se deve “a um spread menor e à mudança de carteira de crédito em 2013”. A afirmação foi feita por Ivan Monteiro, vice-presidente financeiro do BB, em entrevista coletiva para comentar os resultados trimestrais divulgados nesta terça-feira.

No relatório do BB, a projeção de crescimento da margem financeira bruta foi reduzida de um intervalo de 7% a 10% para 4% a 7%.

Um dos fatores que preponderou para essa queda importante - vale destacar que o crescimento máximo esperado agora é o mínimo da projeção inicial - foi a mudança o mix da carteira de crédito, dado o aumento da participação do crédito imobiliário no volume emprestado.

Nesta terça-feira, o Banco do Brasil divulgou que registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,634 bilhões no segundo trimestre, com queda de 11,8% sobre o mesmo período do ano passado.

Já o lucro líquido registrou um aumento extraordinário de 148,4% em 12 meses. Chegou a R$ 7,472 bilhões. Esse valor foi inflado por itens extraordinários, especialmente a alienação de ações da BB Seguridade, no valor de R$ 9,8 bilhões.

A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 638,6 bilhões, com crescimento de 25,7% em 12 meses.

A margem financeira bruta, diferença entre as receitas e as despesas de intermediação financeira, encerrou o segundo trimestre em R$ 11,7 bilhões, com elevação de 6,1% sobre o trimestre anterior. Segundo relatório do banco, o desempenho foi impactado, principalmente, pelo aumento da receita financeira com operações de crédito, aumento da recuperação de crédito e resultado de tesouraria.

Marcação a mercado

O Banco do Brasil teve um impacto líquido negativo no patrimônio líquido decorrente da marcação a mercado da carteira de títulos disponíveis para venda (títulos e valores mobiliários que podem ser negociados, mas não são adquiridos com o propósito de serem ativamente negociados) de R$ 685 milhões no segundo trimestre deste ano. Isso foi causado pelo forte ajuste para cima na curva de juros dos títulos públicos brasileiros observado no segundo trimestre.

Considerando uma alíquota de Imposto de Renda e CSLL de 40%, chega-se a um impacto bruto de pouco mais de R$ 1 bilhão.

Além disso, os ajustes de avaliação patrimonial que englobam os planos de benefícios da Previ levaram a um impacto negativo de R$ 2,97 bilhões no patrimônio líquido.

Na carteira disponível para venda, o Banco do Brasil teve um impacto inferior ao de bancos privados. O Bradesco, por exemplo, teve impacto líquido negativo no patrimônio líquido de R$ 5,3 bilhões. Isso porque, devido à sua operação na área de seguros, o Bradesco tem uma carteira maior de títulos públicos. Por sua vez, o Itaú Unibanco teve impacto negativo no patrimônio líquido de R$ 1,342 bilhão.

O ajuste da curva de juros não causou impacto apenas no patrimônio líquido. Também afetou os resultados de tesouraria, que recuaram 16,2% na comparação anual, totalizando R$ 2,9 bilhões de abril a junho.

 Fonte: Valor Econômico

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