(Atualizada às 18h24) O dólar comercial fechou em queda de 1,17% nesta quinta-feira, ante o real, cotado a R$ 2,287, na maior desvalorização percentual diária em três semanas. A presença mais firme de exportadores desde o início da sessão, combinada com o viés global de queda da moeda americana hoje, explicam a desvalorização.
(Atualizada às 18h24) O dólar comercial fechou em queda de 1,17% nesta quinta-feira, ante o real, cotado a R$ 2,287, na maior desvalorização percentual diária em três semanas. A presença mais firme de exportadores desde o início da sessão, combinada com o viés global de queda da moeda americana hoje, explicam a desvalorização.
A venda pelo Banco Central de US$ 631 milhões em contratos de swap cambial tradicional esfriou de vez o apetite por dólares e provocou uma redução de parte das posições compradas na moeda americana, por parte de estrangeiros e fundos, no mercado futuro.
Segundo profissionais do mercado de câmbio, a intenção do BC foi claramente aproveitar o ambiente mais propício e fortalecer um ajuste de baixa do dólar, visando minimizar o repasse da alta recente do dólar à inflação, aliviando, assim, a pressão sobre os preços.
A moeda americana já vinha em queda desde a abertura, replicando a desvalorização global do dólar no exterior, principalmente em relação a divisas de países exportadores de commodities. A recuperação do real e de seus pares foi amparada por dados fortes sobre o comércio exterior da China, que aliviaram preocupações com o impacto da desaceleração do país asiático sobre as perspectivas para fluxos a mercados exportadores de matérias-primas, como o Brasil, que tem na China o principal destino de suas exportações.
Além disso, a queda tem suporte num ajuste técnico, depois de ontem a moeda americana ter mais uma vez renovado as máximas em mais de quatro anos, acima de R$ 2,31.
No mercado futuro, o dólar para setembro cedia 1,03%, a R$ 2,2302.
Fonte: Valor Econômico