Crédito fraco faz liquidez de bancos subir no 2º trimestre

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O desempenho fraco da economia esfriou os ânimos do BTG Pactual para tomar riscos e expandir as operações de crédito, mesmo movimento visto nos maiores bancos privados do país.

O desempenho fraco da economia esfriou os ânimos do BTG Pactual para tomar riscos e expandir as operações de crédito, mesmo movimento visto nos maiores bancos privados do país.

"Reduzimos um pouco nossas exposições a risco de modo geral e aumentamos a liquidez", afirmou ontem o presidente do BTG, André Esteves, em teleconferência com analistas para comentar o balanço do segundo trimestre. Segundo ele, o banco "segurou um pouquinho" a expansão das operações de crédito com o objetivo de se preparar para um ambiente mais difícil. A carteira de crédito expandida do BTG somava R$ 35,6 bilhões no fim de junho, o que mostra queda de 3,7% desde o primeiro trimestre.

O recuo vai na direção contrária do objetivo do banco de ampliar sua carteira a até três vezes o patrimônio líquido da instituição. "Mas esse movimento precisa ser feito quando sentirmos que há condições de mercado adequadas", afirmou o diretor financeiro do BTG, Marcelo Kalim. Como o banco não deixou de captar recursos, o balanço do segundo trimestre veio até mais conservador que o de igual período do ano passado, quando o BTG fez sua oferta inicial de ações, captando R$ 2,6 bilhões em recursos para o grupo.

 

O BTG não está sozinho. Com dinheiro entrando em ritmo superior ao dos desembolsos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander continuaram a aumentar sua liquidez nos últimos meses. Dados dos três maiores bancos privados mostram que recursos vindos da poupança, de depósitos à vista e de letras colaboraram para aumentar a liquidez deles entre abril e julho. Foi um período em que os bancos pouco expandiram suas carteiras por causa da aversão ao risco e pela desaceleração da atividade econômica.

Os bancos apresentam em seus balanços um índice que mede a razão entre crédito e funding. Quanto menor o índice, mais a entrada de recursos supera os desembolsos, ou seja, maior a liquidez do banco. Para Itaú, Bradesco, Santander e BTG, houve recuo deste indicador na comparação com o primeiro trimestre, conforme antecipou o Valor na edição de 12 de julho. (ver tabela ao lado).

No Itaú, poupadores e correntistas foram os principais responsáveis por isso, trazendo R$ 10,1 bilhões para dentro do banco durante o segundo trimestre. Só os recursos de depósito à vista tiveram uma expansão de 14,7% na comparação com os três meses anteriores, atingindo R$ 38,7 bilhões.

Ao longo deste ano, a poupança vem batendo recorde atrás de recorde de captação líquida, acumulando R$ 37,6 bilhões até julho. Esse é um tipo de dinheiro cuja entrada os bancos não têm muitos meios de controlar. Podem, no máximo, oferecer como alternativa de aplicação fundos de investimento. Itaú Unibanco e Santander tiveram captações líquidas nos fundos, com R$ 24 bilhões e R$ 1,9 bilhão respectivamente. Já o Bradesco perdeu R$ 4,3 bilhões ao retirar de fundos recursos próprios do banco, em busca de outros ativos.

Fonte: Valor Econômico 

 

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