Bolsas caem após falas de dirigentes do Fed

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Declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ampliaram a aversão ao risco nos mercados acionários internacionais ontem. Pela manhã, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse em entrevista à "Market News Internacional" (MNI) que a instituição pode começar a reduzir a compra de ativos já em setembro, embora tal ação dependa da melhora econômica e de uma criação mais robusta de empregos.

Declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ampliaram a aversão ao risco nos mercados acionários internacionais ontem. Pela manhã, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse em entrevista à "Market News Internacional" (MNI) que a instituição pode começar a reduzir a compra de ativos já em setembro, embora tal ação dependa da melhora econômica e de uma criação mais robusta de empregos.

No início da tarde, foi a vez do presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que também afirmou que não descarta uma desaceleração nas compras de bônus em setembro e que elas provavelmente serão encerradas quando a taxa de desemprego chegar a 7%.

Lockhart não tem direito a voto este ano nas reuniões do comitê de política monetária do Fed, mas Evans tem. Além disso, Evans é da ala do Fed que apoiou políticas não convencionais, como as compras de bônus, com a finalidade de reduzir os custos para empréstimos e fomentar o investimento, os gastos e as contratações.

Por essa razão, o discurso menos favorável de Evans à atual política de afrouxamento monetário teve um peso mais negativo sobre as bolsas ontem. O estrategista do BB Investimentos, Hamilton Moreira Alves, lembra que Chicago é o "coração monetarista" dos Estados Unidos, o que também dá maior relevância às declarações de Evans.

Em Wall Street, o índice Dow Jones perdeu 0,60%, para 15.519 pontos, o Nasdaq teve queda de 0,73%, para 3.666 pontos, enquanto o S&P 500 declinou 0,57%, para 1.697 pontos. Na Europa, a bolsa de Londres desceu 0,23%, Frankfurt recuou 1,17% e Paris perdeu 0,43%. Por aqui, o Ibovespa fechou em baixa de 2,10%, aos 47.421 pontos, depois de marcar mínima nos 47.224 pontos. O volume financeiro somou R$ 6,434 bilhões.

Moreira Alves ressalta que o volume menor da bolsa brasileira em julho e agosto é reflexo das férias de verão dos investidores no hemisfério norte, o que potencializa a volatilidade e as reações mais fortes do Ibovespa. "Por isso, quando há um espirro lá fora, aqui fica muito pior", afirma.

Entre as ações de maior peso, Petrobras PN caiu 2,22%, a R$ 16,28; Vale PNA recuou 1,32%, para R$ 28,35; e OGX ON perdeu 3,33%, a R$ 0,58. Apenas sete das 71 ações do Ibovespa fecharam em alta, com destaque para MMX ON (11,61%), LLX ON (4,59%) e Hering ON (2,33%).

As ações da varejista de roupas voltaram para a lista de preferidas do BTG Pactual no setor. Hering esteve entre as "top picks" do BTG entre outubro de 2010, quando a casa de análise iniciou a cobertura do papel, até maio de 2012. Depois de mais de um ano, os analistas Fabio Monteiro e João Mamede decidiram recolocá-la como preferida no setor diante da forte desvalorização da ação, que tornou o múltiplo preço/lucro (P/E) mais atrativo.

Na ponta negativa do Ibovespa ficaram Oi ON (-8,14%), Oi PN (-7,02%) e Gol PN (-5,73%). As ações da operadora de telefonia devolveram toda a alta de segunda-feira. Também caíram forte Light ON (-3,31%) e ALL ON (-4,27%).

Light sofreu com a informação de que o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana propôs um corte médio de 3,30% nas tarifas para o 3º ciclo de revisão da distribuidora. O índice ainda é provisório, pois passará pelo processo de audiência pública para colher críticas e sugestões do setor.

Já a ALL apresentou seu balanço do segundo trimestre. A operadora de ferrovias saiu de lucro para prejuízo de R$ 74,3 milhões no segundo trimestre. A perda com ativos na Argentina gerou impacto negativo de R$ 228,6 milhões no balanço da companhia. Em 5 de junho, o governo argentino rescindiu as concessões da ALL no país.

A Agrenco confirmou a decretação de sua falência, conforme antecipado ontem pelo Valor. A empresa disse que acatará a ordem judicial, mas vai recorrer da decisão. Por causa da falência, a BM&FBovespa suspendeu a negociação dos BDRs (recibos de ações) da trading agrícola. Na segunda-feira, os papéis da empresa fecharam cotados a R$ 0,16.

Fonte: Valor Econômico

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